Uma determinação do governador João Doria tem causado mobilização entre professores, sindicatos da categoria e parlamentares da oposição. O gestor encaminhou a 2,1 mil escolas um manual de pintura que define que 30% das fachadas das unidades sejam pintadas de azul e 10% de amarelo, as cores do partido do governador, o PSDB. Para a parte externa, o documento ainda define o uso de 60% do branco nas alvenarias e verde em portas, gradis e portões.
O deputado estadual Emidio de Souza (PT) protocolou uma representação junto à Procuradoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo. No texto, o parlamentar afirma que “não há motivação plausível para a exigência dessas cores na pintura das escolas estaduais, tendo em vista que as mesmas sequer se encontram na bandeira ou no brasão do Estado de São Paulo”. Souza ainda afirma que a conduta do governador “constitui clara hipótese de improbidade administrativa por ofensa aos princípios da legalidade e da impessoalidade previstos na Constituição Federal”. No mesmo caminho, segue uma outra representação assinada pelo jornalista Mario Berti Filho e protocolada junto ao Ministério Público do Estado de São Paulo.
De Ana Luiza Basilio na CartaCapital.
Destaque: João Doria Jr. Foto: Wikimedia Commons