“O PT significa muito para as pessoas, o Lula fez muito pela juventude e isso é reconhecido”, Julia Kopf da direção da UNE

Foto: Elineudo Meira

Julia Kopf da direção da UNE – União Nacional dos Estudantes foi entrevistada pelo PT São Paulo e durante o bate papo falou sobre os desafios dos estudantes durante o governo Bolsonaro e os anseios da juventude na política.

Para Julia, que também faz parte da Juventude do PT, a JPT tem muito nítido que o projeto do PT é o melhor: “Não adianta derrotar o Bolsonaro e vir outro no lugar, pode ser outro mais arrumadinho, como o Doria, por exemplo, mas é o mesmo projeto que está por trás. O papel da Juventude é se organizar, conversar com as pessoas e eleger o Lula, eleger jovens. As eleições em 2020 foram muito educativas, para mostrar que o jovem consegue voto, precisa de apoio, ao mesmo tempo que consegue se virar. Isso está na ordem do dia, mostrar que a juventude tem que sentar, não só na mesa da juventude, pode discutir também em outros aspectos”, ressalta ela.

Juventude

De acordo com Julia é inegável o papel que a juventude tem: “É interessante pensar como que um partido de 40 anos ainda é apelativo e significativo para a juventude, que não conhece, não estava viva durante boa parte da história, mas está aqui, agora, porque quer estar presente, pensar e construir o PT pelos próximos 40 anos, enquanto tiver PT. A gente quer construir o partido, porque o PT significa muito para as pessoas, o Lula significa muito para juventude, fez muito pela juventude e isso é reconhecido. Lula fez 76 anos, mas é tesão de 20 né”, destaca ela.

Educação

Aos 24 anos, recém-formada em administração pela FEA-USP, Julia avalia: “A gente é uma geração que só perdeu, resistiu ao golpe, viu o que foi 2013 quando criminalizavam os partidos de esquerdas para sustentar o impeachment, o governo Temer assumir em 2016 com o golpe, todo ataque e projeto neoliberal, são muitas derrotas que vieram se acumulando enquanto sociedade”.  A gente da juventude fica pensando: Como era há cinco anos, quando no país tinha “Ciências Sem Fronteiras”, e hoje em dia é algo impensável, um programa que financiava  estudantes fora para depois ele voltar e poder contribuir para o país.

De acordo com Julia, a juventude que está dentro das universidades e escolas tem o papel de resistir pra manter a escola aberta com qualidade, o estudante de escola particular tem o desafio de se formar, não se endividar e ainda arranjar um emprego que é uma coisa desafiadora.

Movimento sociais

Sobre o ataque aos movimentos sociais aponta Julia: “O golpe foi um processo que envolveu o impeachment, os governos Temer e Bolsonaro são consequência disso, porque é o mesmo projeto neoliberal de destruição do país, de vender os nossos recursos e inviabilizar os movimentos sociais, que não são criminalizados como foi na época da ditadura, mas são estrangulados financeiramente”.

Ela conta que a UNE foi ameaçada com a CPI da UNE e o Bolsonaro queria cortar a principal fonte de financiamento da entidade, que são as carteirinhas estudantis, de acordo com ela esse ataque tem se reproduzido em outros movimentos como o de Moradia com o fim do “Minha Casa, Minha Vida”.

Julia exemplifica como isso tem ocorrido também na educação: “Tentam desmontar a educação e as universidades, não dando bolsas de estudo, não contratando mais professores, não fazendo reforma dos prédios, é o sucateamento. A cultura era fomentada, o Bolsonaro assumiu desde a campanha fazendo um ataque a lei Rouanet, a cultura é o que forma massa crítica, apresenta o mundo de uma forma diferente para as pessoas, mas faz parte do projeto deles da direita de estrangular”.

Diane Costa da Redação do PT São Paulo

Foto: Elineudo Meira

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