Em entrevista ao Sindicato dos Bancários, Haddad critica abandono do transporte público

Fernando Haddad foi entrevistado ontem à noite no programa Momento Bancário em Debate, produzido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e transmitido pela internet.

O programa foi ancorado pela presidente da entidade, Juvandia Moreira. Haddad falou sobre sua experiência no Ministério da Educação e comentou a consulta que o sindicato fez entre a categoria e que apontou a questão da mobilidade como o principal problema enfrentado atualmente, tanto para se trabalhar quanto para estudar.

O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo lamentou que nos últimos sete anos a atual administração tenha abandonado o projeto de expansão do transporte público sobre pneus, engavetando o plano de criação de novos corredores de ônibus.

“Não houve expansão de terminais nem de linhas, não houve investimento”, afirmou Haddad, que criticou também a lentidão do governo estadual na expansão da malha do metrô. Ele disse que o custo de construção do metrô em São Paulo é mais caro do que em outros países e que é inconcebível que só se consiga implantar dois quilômetros de linhas por ano.

“Neste ritmo vamos levar 65 anos para ter um metrô equivalente ao da cidade do México”, afirmou.
Respondendo a uma pergunta gravada do padre Júlio Lancelotti, Haddad disse que a prefeitura estimulou o aumento da população de rua ao fechar os albergues localizados no centro da cidade e abrir novas unidades em bairros distantes, longe dos locais onde essas pessoas obtém sua renda – como a coleta de material reciclável, por exemplo.

Durante a entrevista, o pré-candidato falou também sobre o baixo desempenho da atual gestão municipal na construção de moradias para zerar o déficit habitacional. Em resposta à pergunta de Irene Batista de Paula, do Sindicato dos Servidores Municipais, defendeu a mesa de negociação permanente como mecanismo fundamental para discutir e atender à demanda salarial do funcionalismo.

A questão da segurança pública – e também no interior das agências bancárias – foi outro ponto de destaque da entrevista, que durou uma hora e meia (das 19 às 20h30).

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