Educação em tempo integral melhora rendimento

 

Os alunos de escolas que oferecem educação em tempo integral obtiveram melhores rendimentos na Prova Brasil, segundo o Ministério da Educação. As instituições fazem parte do programa Mais Educação, que será ampliado para 60 mil escolas até 2014

Por Portal Brasil
Segunda-feira, 8 de outubro de 2012

 

Escolas participantes do programa Mais Educação, com todos os estudantes matriculados no regime de tempo integral, apresentaram evolução significativa de desempenho na Prova Brasil, segundo estudo realizado pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação. Contabilizadas todas as escolas que participam do programa, o desenvolvimento também foi melhor do que a média nacional.

Foram selecionadas as médias de três grupos de escolas — as do PME, em que todos os alunos estudam em tempo integral; todas as escolas vinculadas ao PME; e escolas públicas do Brasil. A partir daí, foi feita a comparação da evolução do rendimento, por grupo, nas áreas de língua portuguesa e matemática nas edições da Prova Brasil de 2007, 2009 e 2011.

As médias em português dos estudantes do quinto ano das escolas do PME com 100% das matrículas em tempo integral passaram de 164,19 em 2007 para 182,81 em 2011. Em matemática, de 180,71 para 201,87 no mesmo período. Nesse mesmo espaço de tempo, os estudantes do nono ano passaram de 227,31 para 238,62 em português e de 236,03 para 244,13 em matemática.

Em língua portuguesa, a diferença entre a média nas escolas do PME 100% integral e de todas as escolas públicas do Brasil, para estudantes do quinto ano, diminuiu de 7,21 pontos em 2007 para 2,68 em 2012. As médias em matemática dos estudantes do nono ano do ensino básico de escolas do PME 100% integral, que eram 4,53 pontos inferiores à média nacional em 2007, em 2011 foram 1,1 ponto superior.

Diálogo

De acordo com a diretoria de currículos e educação integral da SEB, Jaqueline Moll, o programa Mais Educação é uma ação indutora que promove a ampliação efetiva da jornada escolar. “Nós nos habituamos a uma escola de quatro horas; o caminho que buscamos com o Mais Educação é aumentar o número de horas na escola, com um diálogo entre os conteúdos tradicionais e instrumentos e temas contemporâneos”, afirmou.

Mais Educação,/b>

O Mais Educação foi criado em 2007 para atender, inicialmente, 1.380 escolas que apresentavam os piores resultados no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) e eram consideradas em situação de vulnerabilidade. De acordo com a proposta do programa, no turno oposto ao das aulas, os alunos têm acompanhamento pedagógico obrigatório. Contam ainda, com café da manhã, almoço e lanche. Os professores ajudam nas tarefas, tiram dúvidas e dão aulas de reforço, principalmente de português e matemática.

Este ano, o programa chegou a 32 mil escolas. Para os próximos anos, a perspectiva é de ampliação. “A meta é atender 60 mil escolas em 2014”, disse Jaqueline Moll. O orçamento é de R$ 1,5 bilhão, oriundos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e do Plano Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

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