Dia 22, presidente do Metrô vai ter que explicar denúncias na licitação da linha 5 aos deputados

O próximo dia 22 de junho é a data prevista para que o diretor-presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, compareça na Assembleia Legislativa para apresentar relatório sobre o processo de licitação da extensão da Linha 5-Lilás do Metrô e responda aos questionamentos sobre sobre as  denúncias de conluio.

O requerimento para que o presidente do Metrô explique as denúncias, que envolvem mais de R$ 5 bilhões, é de autoria dos deputados do PT que integram a Comissão de Transportes e Comunicações – Antonio Mentor, Ana Perugini e Gerson Bittencourt.

A reunião com o Avelleda será uma atividade conjunta das comissões de Transportes e Comunicações e Infraestrutura, visto que o deputado do PT, Simão Pedro, também teve requerimento aprovado na Comissão de Infraestrutura para ouvir o presidente do Metrô sobre a questão da linha 5 e também da linha 6 – sobre a transferência de local da estação de Higienópolis.

Conluio na Linha 5

A suspeita de fraude na licitação na linha 5 foi revelada em outubro do ano passado pelo jornal Folha de S. Paulo. Um vídeo e um documento com firma reconhecida em cartório anunciavam seis meses antes da conclusão da licitação os vencedores dos lotes 3 a 8 da linha Lilás.

De imediato, a Bancada do PT protocolou no Ministério Público Federal e no MP Estadual representações para a investigação dos indícios de licitação combinada previamente entre empreiteiras para obras de expansão da Linha 5 do Metrô. O PT também ajuizou uma Ação Popular que contestava o edital da concorrência da Linha 5, elaborado em 2008, ainda na gestão José Serra. O texto da licitação seria restritivo e estimularia o conluio entre as empresas participantes do processo.

Na ocasião, o então governador Alberto Goldman suspendeu a licitação por conta das suspeitas e investigação feita pela corregedoria do próprio governo do Estado concluiu que havia indícios de conluio.

Agora, o presidente do Metrô, Sergio Avelleda, afirma à imprensa que o vídeo e o documento não tinham força de prova judicial. Foi essa a conclusão de um processo interno feito pela companhia e de análise do Instituto de Criminalística.

“Os indícios de conluio não se transformaram em provas”, afirmou Avelleda.

Obra mais cara do Metrô

Esse trecho ligará a Chacara Klabin, na Vila Mariana, à Adolfo Pinheiro, em Santo Amaro, ambos na zona sul, e será a obra mais cara do Metrô paulista – cerca de R$ 4 bilhões.

Os consórcios que farão a obras são os seguintes:

Camargo Corrêa-Andrade Gutierrez (trecho 3)
Mendes Junior (trecho 4)
Heleno Fonseca-Triunfo (trecho 5)
Carioca-Cetenco (trecho 6)
Odebrecht-OAS-Queiroz Galvão (trecho 7)
CR Almeida-Consbem (trecho 8)

 

por: Assembléia Permanente

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