CPI da Máfia da Merenda faz primeiras oitivas nesta terça

 

 

 

Depois de quase dois meses desde sua instalação, a CPI da Máfia da Merenda vai realizar as primeiras oitivas nesta terça-feira (9/8), a partir das 9h, no plenário D. Pedro I da Assembleia Legislativa.

Devem comparecer o delegado da cidade de Bebedouro, José Eduardo Vasconcellos, que recebeu a primeira acusação da fraude, o ex-gerente da Coaf, a cooperativa envolvida no escândalo, João Roberto Fossaluza Júnior, que denunciou o esquema, além dos delegados Paulo Roberto Monteli e Mário José Gonçalves e o presidente da Corregedoria Geral do Estado, Ivan Francisco Pereira Agostinho.

Foi a Bancada do PT que garantiu, durante a última reunião, que Fossaluza e os delegados fossem ouvidos. Uma manobra do presidente, deputado Marcos Zerbini (PSDB), e do relator, deputado Estevam Galvão (DEM), havia priorizado a oitiva de pessoas que, segundo os petistas, não trariam informações realmente relevantes.

Além disso, Zerbini e Galvão não incluíram na relação de convocações os chamados agentes políticos, ou seja, secretários de Estado, deputados federais ou estaduais citados nas investigações, entre eles o presidente da Casa, deputado Fernando Capez. Com as críticas da Bancada do PT e dos estudantes que acompanhavam a reunião, o relator garantiu que, apesar de não constarem do relatório, todos seriam ouvidos.

Nova denúncia

Investigadores da Operação Alba Branca, que apura um esquema de desvios e corrupção no fornecimento de merenda escolar às escolas públicas de São Paulo, apreenderam um cheque no valor de R$ 50 mil que, segundo eles, comprova que a cooperativa apontada como responsável pelas fraudes pagou propina a ex-assessores do presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez.

O cheque emitido pela Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) foi entregue a José Merivaldo dos Santos. Santos foi do gabinete de Capez entre 2010 a 2011 e da liderança do PSDB na Assembleia de 2013 a 2015.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, os investigadores também apreenderam um contrato de gaveta no valor de R$ 200 mil que teria sido assinado entre a Coaf e um ex-outro assessor de Capez, Jéter Rodrigues Pereira; Jeter trabalho no gabinete do parlamentar entre 2013 e 2014.

 

Fonte: PT Alesp

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