As eleições de 2012

Os analistas pouco objetivos, inimigos e adversários do PT e torcedores de outras candidaturas, deveriam ser mais objetivos em suas avaliações eleitorais e deveriam dizer, claramente, de que lado estão. Saberemos identificar os que pretenderem se apresentar com ares de neutralidade, mas que, na verdade, pretendem a derrota do PT e o enfraquecimento do projeto democrático e popular.

Por José Claudio de Paula

Não é raro que opiniões aparentemente imparciais e neutras se coloquem em um dos lados, listando argumentos supostamente objetivos, especialmente quando se trata de análises pré-eleitorais. Os adversários do PT são os mais notórios usuários desse expediente.

São conhecidas as práticas de veículos de comunicação que, aparentando neutralidade, invadem a vida particular de lideranças do PT na busca de informações que, logo em seguida, são utilizadas pela oposição ao governo federal.

A aproximação da eleição municipal de 2012 é mais uma dessas ocasiões. É óbvio que as análises contra as candidaturas do PT devem ocupar espaço importante na mídia nacional e em jornais e emissoras de rádio de todas as localidades em que tenhamos possibilidade de êxito eleitoral.

Os argumentos a serem utilizados, em todas as vezes, não serão os mais objetivos e isentos, mas se apresentarão assim. O objetivo da disseminação dessas análises será atender os interesses dos adversários eleitorais do PT, ainda que sejam assinadas por pessoas que se apresentem como amigos ou simpatizantes da legenda da estrela.

Um aspecto a ser considerado por essas críticas se refere à política tradicional local. Há uma flagrante fragilização de lideranças locais tradicionais, gente que se alinhou automaticamente com os governos estaduais dos últimos anos (primeiro com o PMDB quercista e, mais recentemente, com os tucanos).

Os argumentos são marcados também pela lógica do raciocínio da política tradicional. Todas essas análises vão buscar desconstruir políticas de alianças e táticas eleitorais petistas com o objetivo de diminuir as possibilidades eleitorais do PT e abrir caminho para a consolidação de candidaturas contrárias ao PT. A dificuldade de defender as próprias idéias faz com que esses supostos analistas políticos se concentrem nos ataques ao PT e a suas lideranças e candidatos.

A atitude de concentrar a atenção nesses comportamentos não pode nos desviar de nosso verdadeiro objetivo. O Partido dos Trabalhadores elegerá, em 2012, o maior número de vereadores e de prefeitos de sua história, e vai, com certeza, ampliar a base de sustentação do governo da presidenta Dilma e construir condições sólidas para a disputa do Palácio dos Bandeirantes em 2014.

Essa responsabilidade conjuntural deve estar sempre acompanhada do conteúdo programático petista. Ainda que possamos ser influenciados pela política tradicional, e mesmo que tenhamos que firmar alianças com parte das elites locais, as políticas públicas de inclusão social, a defesa do desenvolvimento sustentável e a prática da transparência no trato com a coisa pública são pontos inegociáveis de nosso programa eleitoral.

Os analistas pouco objetivos, inimigos e adversários do PT e torcedores de outras candidaturas, deveriam ser mais objetivos em suas avaliações eleitorais e deveriam dizer, claramente, de que lado estão. Saberemos identificar os que pretenderem se apresentar com ares de neutralidade, mas que, na verdade, pretendem a derrota do PT e o enfraquecimento do projeto democrático e popular.

José Claudio de Paula é jornalista e membro da Comissão de Ética do Diretório Estadual do PT-SP

 

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