O Brasil dará neste domingo mais uma demonstração da nossa vitalidade democrática. O mundo nos observa na expectativa de confirmar a extraordinária evolução do país nos últimos anos.
Somos hoje capazes de vencer o desafio do crescimento sustentado, inclusive ambientalmente, e de combater a desigualdade, promovendo distribuição de renda e justiça social.
Realizadas com ampla liberdade e garantias plenas para milhares de candidatos e 136 milhões de eleitores, as eleições reafirmam a característica mais notável do novo Brasil que está surgindo.
Trata-se do fato de que, em nosso país, as grandes transformações econômicas, sociais e políticas transcorrem no mais absoluto processo democrático. Democracia é um valor que nos distingue e nos qualifica no cenário internacional.
A conquista da democracia e seu constante aperfeiçoamento relacionam-se diretamente aos avanços do país nos últimos anos. É profundamente democrática, por exemplo, a ascensão à cidadania de 28 milhões de brasileiros que saíram da miséria, no governo do presidente Lula, graças ao crescimento econômico e a programas sociais abrangentes e eficazes, como o Bolsa Família, o Luz Para Todos e o Minha Casa, Minha Vida.
Nossa política econômica é pautada por um sentido inequívoco de inclusão -desde a valorização do salário até a multiplicação da oferta de crédito, além da retomada do investimento proporcionada pelo PAC.
Adotando medidas que incentivam a produção e o acesso ao consumo, conseguimos impulsionar o mercado interno em nova e poderosa dinâmica, além de revigorar o comércio internacional e multiplicar as exportações.
Do ponto de vista social, do olhar que caracteriza nosso projeto para o país, o resultado dessa política foi a criação de 14,5 milhões de empregos com carteira assinada, com a ascensão de 36 milhões à classe média -uma nova classe média, que incorpora ao mundo do trabalho e da geração de renda cidadãos de fato e de direitos.
Estamos alcançando um novo patamar dos direitos fundamentais, em que a noção de liberdade ultrapassa a justa possibilidade de reivindicar e se concretiza no direito de viver com dignidade, para mais livremente participar da vida social.
Esta evolução é revigorada cotidianamente na convivência das instituições republicanas com o exercício amplo e irrestrito da liberdade de expressão e manifestação. Por meio de suas organizações, de uma imprensa livre e de meios de comunicação e informação instantâneos, a sociedade se manifesta, influencia, critica e corrige. A inteligência é livre neste país.
Só o processo democrático seria capaz de operar transformação tão profunda, em espaço de tempo relativamente curto, num país marcado por séculos de injustiça e exclusão. Só a democracia, exercida no respeito à Constituição e ao Estado de Direito, permitirá consolidar e fazer avançar o processo de mudanças que fez do Brasil um país amado por seu povo e respeitado no mundo.
Quando a vontade soberana da maioria se pronunciar, será nosso dever unir o país, com os olhos no futuro.
Temos a oportunidade histórica de construir uma nação para 190 milhões e para os que virão depois. Reduzir o resultado eleitoral ao triunfo de uns sobre outros em nada contribuirá para essa conquista.
Contados os votos, seja quem for o vencedor, será hora de somar forças, na convivência democrática, para fazer do Brasil um país ainda melhor e mais justo, governado para todos, como é hoje, e com oportunidades para todos.
Dilma Rousseff é candidata do PT à Presidência da República