Curto e grosso: o Bozo de sapatênis, o mesmo comissionado que promoveu o turismo sexual pela Embratur, ROUBOU o Pacaembu do povo paulistano.
Exatamente isso. Roubou. Era patrimônio de gerações, construído com os esforços financeiros de toda a coletividade. Mas foi entregue a tubarões amigos do ladronato privatista.
E foi entregue a preço de banana, cerca de R$ 111 milhões, algo como 15% do que realmente vale. Todo esse processo depois de um criminoso processo de sucateamento planejado.
Para misturar o estádio com shopping, hotel e salão de eventos, destruíram parte considerável de uma obra que fazia parte do patrimônio histórico e arquitetônico não somente de São Paulo, mas do Brasil.
Nesta fase da obra, os tubarões simplesmente asfaltaram a cancha sagrada sobre a qual atuaram alguns dos maiores gênios da arte do ludopédio, como Pelé, Garrincha, Rivellino, Ademir da Guia, Pedro Rocha, Coutinho, Sócrates, Luís Pereira, Forlan, Eneas, Djalma Santos, Dicá e Cabinho.
Que a história dê ao bandido de sapatênis, assassino de lugares e memórias afetivas, o mesmo destino que as rumorosas escavadeiras deram ao tobogã.
Walter Falceta (à direita) é jornalista e um dos fundadores do Coletivo Democracia Corintiana (CDC)