A Câmara do Deputados demonstrou como gesto de reconhecimento à cultura brasileira a aprovação da Lei Paulo Gustavo (PLP 73/21), de autoria do senador Paulo Rocha (PT-PA), aprovada por unanimidade no Senado. E nesta quinta-feira (24), a Câmara chancelou por 411 votos favoráveis e apenas 27 contrários, o relatório apresentado pelo deputado José Guimaraes (PT-CE), que destina R$ 3,8 bilhões do superávit financeiro do Fundo Nacional de Cultura (FNC) a estados e municípios para socorrer o setor cultural do País tão afetado na pandemia da covid-19. Por ter sofrido alterações, a proposta retorna para análise do Senado.
“A Câmara está fazendo história. Agradeço aos líderes, a todas as lideranças que nos ajudaram neste acordo possível, e quem vai ganhar com isso é o Brasil, é a cultura brasileira. É um momento, portanto, muito especial para o Brasil”, comemorou Guimarães.
Sensibilidade do Parlamento
Entusiasta da proposta, a deputada Professora Rosa Neide (PT-MT) reconheceu a sensibilidade do Parlamento ao olhar para a cultura brasileira.
“Todos aqueles que fazem cultura, além de produzirem condições para suas existências, também fazem com que a economia gire e outras pessoas trabalhem com os agentes da cultura. Nesse sentido, fazer a diferença nas famílias daqueles que estão com suas atividades paradas é a nossa obrigação neste momento”, frisou.
O deputado João Daniel (PT-SE) destacou o papel do Congresso na condução de tema importante para o setor cultural brasileiro. “Esse projeto é fundamental. É uma homenagem a Paulo Gustavo, é um trabalho que o Congresso Nacional — Senado e Câmara — faz em defesa do povo brasileiro e da cultura. Portanto, nós estamos garantindo que recursos possam chegar àqueles que mais sofreram durante a pandemia nas suas atividades econômicas: a área da cultura brasileira”.
Em nome da Oposição, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) disse que o segmento cultural no Brasil esperou essa votação “porque nós precisamos de recursos permanentes para a cultura, para que a cultura brasileira possa ter sustentabilidade”.
“Veja, na pandemia, o primeiro segmento a paralisar foi o da cultura e, talvez, seja um dos últimos segmentos que possa vir com mais força. Por isso, a Lei Paulo Gustavo e a Lei Aldir Blanc vão dar esta fonte permanente de financiamento para a cultura brasileira”, sustentou Teixeira.
O deputado Leo de Brito (PT-AC) disse que essa proposta mobilizou o Brasil e que o compromisso que os parlamentares têm com a cultura, com os fazedores de cultura, levou o plenário da Câmara a aprovar com quórum significativo a Lei Paulo Gustavo. “De fato, a aprovação dessa lei é um alento importante para essa população que faz e acontece”.
Para a deputada Maria do Rosário (PT-RS), a votação da Lei Paulo Gustavo e da Lei Aldir Blanc “marcam uma importante vitória do segmento cultural brasileiro. Quando a cultura vence, o Brasil vence”. Ela acrescentou ainda que quando a cultura vence, a liberdade vence. “Quando vence a cultura, vence um povo capaz de afirmar os seus direitos porque afirma a sua própria identidade”.
Do PT na Câmara