As privatizações de empresas públicas em São Paulo, como a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e o Metrô, são agendas que preocupam profundamente. Nesta discussão, é essencial destacar os impactos negativos que essa medida pode ter na vida dos cidadãos.
Ao privatizar essas empresas, estamos entregando o controle dos serviços essenciais, como o abastecimento de água e o transporte público, a entidades privadas cujo principal objetivo é o lucro. Isso significa que o bem-estar da população fica em segundo plano, e os interesses comerciais estão em primeiro lugar.
Uma das maiores preocupações é o aumento das tarifas e os preços dos serviços. Empresas privadas buscam lucro, e frequentemente alcançam isso aumentando os custos para os cidadãos. Isso resultará em tarifas mais altas para o consumo de água, passagens de trem e metrô, sobrecarregando financeiramente as famílias, especialmente as de baixa renda.
Além disso, a privatização ameaça a acessibilidade aos serviços essenciais. As famílias mais vulneráveis serão as mais prejudicadas, pois terão dificuldade em pagar por serviços anteriormente acessíveis. Isso aprofundará as desigualdades sociais em nossa cidade.
Outra questão crítica é a perda de controle sobre a qualidade dos serviços. Quando empresas públicas são privatizadas, o governo deixa de ser o principal regulador, tornando-se refém das decisões das empresas privadas. Isso significa que não podemos mais garantir que os serviços serão prestados de maneira justa e eficaz.
Por fim, não podemos ignorar o impacto humano. A privatização frequentemente leva a demissões em massa, criando um ciclo de desemprego e pobreza. Isso não é apenas uma preocupação econômica; é uma questão humanitária.
Em vista dos riscos e impactos negativos associados à privatização de empresas públicas em São Paulo, como a SABESP, a CPTM e o Metrô, fazemos um apelo claro à proteção dos serviços públicos esenciais. Acredito firmemente que a vida dos cidadãos não deve ser submetida aos interesses comerciais, mas sim resguardada por uma administração pública responsável.
Nossa cidade merece a garantia de serviços acessíveis e de qualidade para todos os seus habitantes, independentemente de sua renda. Ao optarmos por uma abordagem que coloca os interesses financeiros acima do bem-estar da população, estamos trilhando um caminho perigoso.
Devemos lembrar que, como cidadãos, somos os guardiões de nossa cidade e de seu futuro. Juntos, podemos garantir que serviços essenciais permaneçam ao alcance de todos e que São Paulo continue a ser uma cidade que valoriza o bem-estar de sua população acima de tudo.
Por Vanilda Anunciação
Secretária de Formação do Diretório Municipal PT-SP