Simão Zygband: Fora Bolsonaro só não foi maior por causa da pandemia

Foto: Elineudo Meira

As manifestações contra o (des)governo do genocida Jair Bolsonaro só não foram maiores por causa da pandemia. Mas elas foram amplamente vitoriosas e mostraram a capacidade de luta dos brasileiros, que não mais suportam o desrespeito e a incompetência do miliciano colocado no poder por brasileiros que não são muito diferentes dele.


Segundo os números da Frente Brasil Popular, mais de 420 mil pessoas protestaram nas ruas de 213 cidades do Brasil e em 14 do exterior. As manifestações só não foram maiores devido ao temor de contrair o coronavírus.

Afinal, exatamente por causa da incompetência da gestão do miliciano que ocupa a presidência da República, os números de óbitos ainda são assustadores (perto de 450 mil) e a vacinação segue em ritmo muito lento, já que ele e sua “turma” não as quiseram comprar e gastaram mais de R$ 300 milhões para adquirir a ineficaz cloroquina.


Mas quem preferiu ficar em casa também participou de maneira online das manifestações: a tag #29MForaBolsonaro se transformou no maior assunto mundial das redes sociais, através de 202 mil participantes, 1.828 postagens e 841 mil RTs (retuites).

O principal diferencial destas manifestações contra Bolsonaro, que deverão aumentar conforme também aumente a quantidade de pessoas vacinadas contra a Covid-19 foi a presença marcante de entidades do movimento sindical e social, mas também de torcidas organizadas das grandes equipes de futebol, que estiveram irmanadas. Em São Paulo, por exemplo, o Coletivo Democracia Corinthiana e a Porcomunas esqueceram a rivalidade futebolística e se uniram uníssonos no Fora Bolsonaro. E prometem outras atividades conjuntas.


O único incidente grave registrado ocorreu em Recife, Pernambuco, onde a tropa de choque da PM reprimiu com bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha e spray de pimenta a manifestação pacífica dos manifestantes. O governador do estado, Paulo Câmara (PSB) decidiu afastar o comandante da PM e os policiais envolvidos nas agressões.


Novas manifestações virão.

Simão Zygband é jornalista com passagem pelas TVs , jornais, rádios e assessorias de imprensa parlamentar e de administrações públicas. Foi coordenador de Comunicação no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Em fevereiro de 2020, lançou o livro “Queimadas da Amazônia – uma aventura na selva” pela editora Studioma e disponível na Amazon

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