Quadrilha: PF indicia Bolsonaro e mais 36 por tentarem destruir a democracia

Marcelo Camargo / Agência Brasil - Site do PT

O cerco da Justiça vai se aproximando de Jair Bolsonaro. A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira (21), o ex-presidente e a quadrilha cooptada por ele para levar a cabo um golpe de Estado no país. A lista da PF totaliza 36 nomes, além do capitão da extrema-direita.

“O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, contendo o indiciamento de 37 indivíduos por crimes que vão desde a abolição violenta do Estado Democrático de Direito até golpe de Estado e organização criminosa”, informou a PF, em nota oficial.

O inquérito será encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF. Com a entrega do relatório, a PF declarou concluídas as investigações sobre as tentativas de golpe de Estado. A Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda avaliará os indícios para decidir sobre a denúncia contra o extremista de direita. Caso a denúncia seja feita, a Justiça determinará se Bolsonaro se tornará réu.

Por meio da rede social X, a presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), rechaçou anistia para Bolsonaro e os integrantes de seu governo.

“O indiciamento de Jair Bolsonaro e sua quadrilha, instalada no Planalto, abre o caminho para que todos venham a pagar na Justiça pelos crimes que cometeram contra o Brasil e a democracia: tentar fraudar eleições, assassinar autoridades e instalar uma ditadura. Prisão é o que merecem! Sem anistia”, disparou Gleisi.

 

Quadrilha

A temporada na prisão para condenados por crimes pelos quais a PF indiciou o ex-presidente e sua quadrilha de golpistas está prevista na legislação: tentativa de golpe de Estado (4 a 12 anos), abolição violenta do Estado democrático de Direito (4 a 8 anos) e organização criminosa (3 a 8 anos).

Foram indiciados pela PF, entre outros, os seguintes nomes:

– Braga Netto, general da reserva, ex-ministro da Casa Civil e vice de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022

– Augusto Heleno, general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro

– Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) do governo Bolsonaro

– Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro

Da Redação da Agência PT

Posts recentes:

Pular para o conteúdo