Mais de 5 mil mulheres assumiram na manhã desta útima quarta-feira (27) uma única identidade e ocuparam as ruas do centro da capital, num show de cores e animação na Caminhada Lilás. “Queremos mostrar que somos todas Dilma”, anunciava uma das organizadoras pelo carro de som.
As ruas, que ligam o percurso entre a Praça do Patriarca até a República, foram ocupadas por mulheres e homens com máscaras da candidata petista Dilma Rousseff, roupas e adereços lilás, verde e amarelo, atraindo para uma animada mobilização suprapartidária, acompanhada da tradicional percussão de militantes feministas da Fuzarca.
“Dilma é uma mulher inteligente, que terá todas as condições de ser presidente do Brasil. Uma mulher que representa um governo que não exclui trabalhadores rurais, índios, seringueiros, sem terra. É por isso que temos que colocar Dilma lá, porque será a continuidade do que está ótimo e para ajudar a melhorar o que está bom”, recomendou a ambientalista acreana Ângela Mendes, filha do líder seringueiro Chico Mendes, que esteve em São Paulo, junto com a dirigente petista Júlia Feitoza (AC), para participar das atividades pró-Dilma.
O cortejo chamou a atenção de quem passava e atraiu o apoio dos trabalhadores dos prédios comerciais, que lançaram chuva de papel picado sobre a passeata, balançavam camisetas do PT pelas janelas e acenavam às participantes.
Encantada com o entusiasmo e a energia da atividade, a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcea Freire, se disse emocionada por ter feito parte do governo Lula, que garantiu avanços à vida das mulheres. “Essa caminhada está tão bonita e vai ficar ainda mais no domingo”. A ministra também revelou a dificuldade de “traduzir em palavras a emoção de trabalhar no governo Lula”, que possibilitou uma ação conjunta com municípios e estados, para garantir políticas públicas para as mulheres. “É por isso que queremos Dilma Presidente, para o Brasil seguir fazendo as transformações iniciadas”, justificou.
A ministra parabenizou a resistência das feministas, “que não arredaram o pé das ruas” e enfrentaram a campanha de baixaria orquestrada pelo adversário. “Nós temos hoje a grande oportunidade de subir a rampa com a nossa primeira presidenta do Brasil”, enfatizou a ex-governadora do Rio de Janeiro, Benedita da Silva.
A senadora eleita Marta Suplicy (PT-SP) fez um breve resgate do movimento de mulheres e admitiu que ainda há muito por atingir, mas também que a eleição de Dilma será um passo decisivo. “Vai mudar a história das meninas, das mocinhas que ao assistirem a um pronunciamento na tevê poderão ver uma mulher falando em nome da Nação. Isso é uma diferença total, que começa pela diferença de projeto. Enquanto o prefeito do DEM fecha vagas em creches, Dilma vai criar 6 mil novas vagas. Ela é boa tecnicamente em áreas que normalmente não existem mulheres, mas agrega o cuidado”, afirmou Marta.
Na opinião da deputada federal eleita Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a eleição de Dilma significa dar continuidade a um projeto de desenvolvimento que colocou o Brasil em outro patamar. “Estamos diante de um projeto diferente para o Brasil e não adianta o adversário tentar desqualificar a nossa candidata, que é a prática usual quando não consegue fazer o debate político. Vamos mostrar que mulher dá conta e muito melhor que os homens”, disse a deputada, ao lembrar com orgulho da história de resistência da candidata em favor das liberdades democráticas no Brasil, que a fizeram permanecer no país, enquanto o candidato tucano fugia para o exílio.
Segundo ela, que foi relatora da Lei Maria da Penha na Câmara Federal, o respeito à legislação, a garantia de investimentos em políticas de promoção da igualdade racial, de um Brasil soberano, livre de preconceitos “chama-se Dilma”. “A vitória de Dilma significará a vitória da verdade sobre a mentira”, salientou a parlamentar, lembrando a declaração de Leonardo Boff.
A caminhada foi encerrada com uma grande ciranda na Praça da República, que reuniu representantes das seis centrais sindicais, de movimentos sociais, metalúrgicas, agricultoras, bancárias, professoras e profissionais de diversas categorias vindas em caravanas de cidades da Grande São Paulo e demais regiões do Estado. Ao som do rife “Olê, olê, olê, olá, Dilma, Dilma/ Sem medo de ser feliz”, mulheres e homens cantaram e caíram num movimento de reverência à alegria e à liberdade, que anima a campanha para eleger a continuidade de um projeto que vem transformando o país.
Num balanço da atividade, a secretária de Mulheres do PT-SP, Rosangela Rigo, disse que a caminhada representa as mulheres de todas as cores, idades, raças/etnias e a certeza de continuar avançando nas conquistas. “Para que possamos continuar tendo políticas para as mulheres, para que possamos ampliar nossas oportunidades de trabalho e geração de renda, o acesso cada vez maior de mulheres pobres às universidades, ter autonomia sobre nossas vidas, é preciso manter um projeto político de construção de um Brasil justo e solidário. Isso só é possivel com Dima Presidenta!”, finalizou.
por: PT Estadual