Não bastassem os 415 mil mortos vítimas da Covid-19, agora temos também a chacina. Fruto do desequilíbrio do caos implantado no país pelo psicótico capitão reformado, içado ao poder por pessoas muito semelhantes a ele.
O suposto presidente (se é que podemos chamá-lo assim), defensor de torturadores como o coronel Brilhante Ustra, sádico chefe do aparelho repressivo da ditadura militar, o famigerado Doi-Codi, trouxe ao país um rastro de destruição humana, e por onde passa, deixa pilhas de mortos, ao feitio de sua necropolítica.
Às vésperas da chacina de Jacarezinho, no Rio de Janeiro, onde morreram 25 seres humanos, a maioria pretos e pobres, o tal Messias se encontrou com o atual governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que chegou à governança em decorrência do impeachment de Wilson Witzel, e logo na cerimônia de posse, ocorrida na Assembleia Legislativa carioca, prometeu iniciar ainda este mês o programa Bairro Seguro. “Meu compromisso é reduzir os índices de violência”, prometeu ele.
Pelo que se viu na comunidade do Jacarezinho, Castro iniciou a realização de seu programa Bairro Seguro com um banho de sangue. Certamente seguiu os conselhos diabólicos de seu mito, o genocida presidente (sic) da República. É como revela o nosso companheiro de Construir Resistência, o jornalista Walter Falceta. “O ataque ao Rio faz parte da guerra híbrida. Em tempo de CPI e desgaste do governo, a ordem é nos amedrontar por meio da barbárie”, analisa ele.
Segundo Falceta, o massacre de Jacarezinho teve como objetivo, negociado um dia antes entre Castro e Bolsonaro de “ alavancar o business da milícia fiel ao miliciano-mor”. Todo mundo sabe a quem o jornalista se refere.
É inconcebível sobre qualquer argumento a realização de chacinas, sejam em bairro pobres das capitais brasileiras ou mesmo em presídios, onde os presos estão sob a custódia dos estados.
Os governo de direita do golpista Michel Temer e do fascista de Bolsonaro trazem atrás de si um rastro de sangue. O do traidor, vice de Dilma Roussef e articulador do golpe, se iniciou com frequentes chacinas em presídios, oriunda da guerra de quadrilhas entre o PCC e o Comando Vermelho, principalmente.
Quanto ao pesadelo bolsonarista, não é necessário nem dizer. A negligencia com a pandemia da coronavírus já ceifou a vida de 415 mil brasileiros, enlutando milhares de famílias e trazendo sofrimento e profunda tristeza a todas elas. O pior é que, com a baixa velocidade da vacinação, os prognósticos são ainda mais sombrios e outras milhares de pessoas deverão morrer. E nunca se sabe se seremos nós mesmos.
Enquanto o país se delicia com o Big Brother Brasil e entristece com a morte por Covid do comediante Paulo Gustavo, que causou grande comoção nacional, gente da espécie de Bolsonaro e Castro se propõem a realizar um massacre de pobres, querendo mostrar para nós que eles são capazes de tudo. Jacarezinho foi apenas um recado.