Por juros mais baixos, povo vai às ruas na próxima terça-feira (21)

Contra a exorbitante taxa de juros praticada pelo Banco Central (BC) e a favor da democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF), trabalhadores e trabalhadoras do Brasil vão às ruas na próxima terça-feira, 21.

O ato por uma taxa de juros mais justa para o povo brasileiro é organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), por centrais sindicais e pelos movimentos populares.

O protesto para reivindicar a queda da taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 13,75% ao ano, e a democratização do CARF deve acontecer em todas as regiões do país.

A mobilização nacional também pede pela saída do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, aliado de Bolsonaro.

Sindicalistas e representantes das centrais sindicais Força Sindical, CTB, UGT, CSB, NCST, CSP Conlutas, Intersindical, A Pública e os movimentos Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular ressaltam que a alta taxa de juros paralisa a economia e impede o país de crescer, gerar emprego, distribuir renda e facilitar o acesso ao crédito.

Leia mais: Juros altos do Banco Central sabotam economia brasileira

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, convoca a sociedade para participar dos atos em cidades que tenham sede do Banco Central. Veja abaixo:

“Menos juros é mais investimento, mais emprego, mais saúde, mais educação. Menos juros é melhoria na vida dos brasileiros. Participe, pois discutir a economia do nosso país é importante para o trabalhador. manifeste-se também!”.

 

Participação popular

A manifestação também defende a democratização do CARF com participação popular para reduzir a sonegação de empresas e aplicar os recursos em investimentos em áreas como saúde, educação, infraestrutura e programas sociais, como o Bolsa Família.

O CARF é um órgão composto por representantes do governo, empresariado e trabalhadores, que julga os processos administrativos referentes a impostos, tributos e contribuições, inclusive da área aduaneira (importação e exportação) sonegados pelos patrões.

Conforme a CUT, até 2020, em caso de empate em algum julgamento, havia o chamado “voto de qualidade”, proferido por conselheiros representantes da Fazenda Nacional, na qualidade de presidentes das Turmas e das Câmaras de Recursos Fiscais.

Locais dos atos

Os atos serão realizados em frente às sedes do Banco Central de cada cidade do país. Nas cidades onde não há sede do BC, os protestos acontecerão em locais de grande movimento. Confira abaixo:

Belém/PA: Boulevard Castilhos França, 708 – Campina, às 9 horas.

Belo Horizonte/MG: Av. Álvares Cabral, 1605 – Santo Agostinho, às 10 horas.

Brasília/DF: Setor Bancário Sul (SBS), Quadra 3, Bloco B, Edifício Sede do BC, às 12h30.

Curitiba/PR: Av. Cândido de Abreu, 344 – Centro Cívico, às 11 horas.

Fortaleza/CE: Av. Heráclito Graça, 273 – Centro, às 9 horas.

Porto Alegre/RS: Rua 7 de Setembro, 586 – Centro, às 12 horas.

Rio de Janeiro/RJ: Av. Presidente Vargas, 730 – Centro, às 11 horas.

Recife/PE: Rua da Aurora, 1259 – Santo Amaro, às 9 horas.

Salvador/BA: 1ª avenida, 160 – Centro Administrativo da Bahia (CAB), às 9 horas.

São Paulo/SP: Av. Paulista, 1804 – Bela Vista, às 10 horas.

Da Redação da Agência PT, com informações da CUT

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