Por Charles Gentil: “Então, é Natal…(brindemos!!!)”

Imagem reprodução site Lewis

Daqui alguns dias haverá a celebração de uma data importante; uma data tão importante que divide o tempo da humanidade em um antes e um depois.
E tão, tão importante, que esta data tornou-se um acontecimento a ser celebrado nos quatro cantos do mundo. Refiro-me, ao nascimento de Jesus.
Na verdade, não há certeza – nem mesmo entre os historiadores especialistas – quanto a data do nascimento de Jesus; para se ter uma ideia, nem o Novo Testamento se pronuncia sobre esta temática.
E mais. O Natal (que hoje está associado ao cristianismo), na verdade, começou 7 mil anos antes do nascimento de Jesus; e ocorria – no hemisfério Norte – enquanto celebração do solstício de inverno, ou seja, quando comemorava-se a passagem da noite mais longa e que cedia, então, lugar aos dias em que o sol permanece mais tempo no céu, até seu auge: no verão; e tudo isto se traduzia em fertilidade e, portanto, colheitas promissoras, num tempo em que o homem já havia feito a transição de caçador nômade para se fixar na terra e cultivá-la; obtendo, assim, sua sobrevivência mediante o domínio das técnicas de agricultura.
Desta forma, a celebração do Sol, que com sua luz, produz a fertilidade do solo e propícia a vida foi cultuado na Mesopotamia, entre os gregos, na China e em 3.100 ac, entre os povos primitivos da Grã-Bretanha.
No século IV ac o culto a Mitra, deus da luz, chega a Europa em consequência da conquista do Oriente Médio, feita por Alexandre, o Grande.
E no século II ac a celebração a Mitra chega no centro do império romano e obtém uma celebração exclusiva: o Festival do Sol Invicto, em comemoração ao solstício, e, claro, devido
adesão anterior, cultivada por longos anos, em que soldados romanos se tornaram devotos de Mitra.
Neste momento, as festividades em celebração ao deus da luz (Mitra) envolvia troca de presentes e farta alimentação. Ou seja, o Natal cristão é uma assimilação feita pelo cristianismo de um cerimonial pagão, o que significa dizer que, a religião cristã para se desenvolver e prosperar soube se apropriar de outras tradições já estabelecidas.
Lembremos que a data de 25 de Dezembro referente ao nascimento de Jesus foi fixada pelo historiador cristão Sextus Julius Africanus; a mesma data do nascimento do deus persa, Mitra; E mais.Quando o cristianismo se torna a religião oficial do Império, aos poucos, Mitra vai deixando de ser homenageado para ceder lugar a Jesus, que ao se associar ao deus-sol, assume a forma de luz para trazer salvação a humanidade.
Desta forma, nesta trajetória da história do Natal, contida na Revista Super Interessante, evidencia-se duas metáforas importantes: as trevas como morte e a luz como vida.
No Brasil de hoje, pode-se dizer que, o governo de Bolsonaro é, antes de mais nada, a celebração das trevas. O espírito anti-natalino por excelência.
O governo sombrio, autoritário e genocida, que busca prolongar, o mais que puder, a longa noite em que fomos mergulhados, e que desde sempre, estamos ávidos que chegue ao fim.
Aliás, esta longa noite de crimes e negligências, que já dura 2 anos e parece não terminar.
Nesta longa noite bolsonarista: se faz apologia e incita-se a violência; nestas sombras de ódio e discórdias persegue-se os adversários políticos crucificando sua liberdade; nestas trevas de ignorância, nepotismo e corrupção querem assassinar a virtude chamada amor; nesta escuridão de desesperança pretendem torturar a verdade científica e depredar a natureza; querem até mesmo, nesta escuridão persistente continuar sacrificando os cordeiros anônimos; os humildes; as pessoas; enfim, o povo; até 19 de Dezembro, nesta noite 17 vezes maldita; 17 vezes amaldiçoada; são 186.365 mortes pelo novo coronavírus ( Covid-19).
O governo de extermínio. O governo de destruição.
O governo de morte.
A necropolítica de Bolsonaro é a máquina de guerra implacável direcionada contra os deserdados, os despossuídos, os sem-terra e sem-teto; os que têm fome e sede de Justiça e que, por isto, são eleitos pelo falso Messias; este mito da morte, que decidiu converter vidas em cadáveres para louvar o mal inominável.
No entanto, a história do Natal ensina, que por mais que a noite seja persistente; ela tem fim; a noite é uma passagem apenas; o solstício é uma transição das trevas para a luz; da morte certa para a vida inevitável; a luz solar representa nascimento; colheita; comida farta,enfim, vida.
Observe nas decorações das casas; no embelezamento das avenidas; nos enfeites nas ruas e nos adereços das árvores; nem o capitalismo, com sua lógica de mercado, conseguiu apagar esta milenar simbologia natalina; talvez, as pessoas nem saibam ou nem se recordem, mas a luz, a iluminação é parte constitutiva do Natal e tem como pano de fundo uma mudança que, inexoravelmente, vai acontecer : o triunfo da vida sobre a morte.
O Sol é, no universo, uma estrela de quinta grandeza. Eu afirmo, que no espaço político do Brasil, o PT, é uma estrela de primeira grandeza.
Ao longo das gestões petistas, nossa luz estelar, tão vigorosa como a luz solar, propíciou a implementação de políticas sociais pujantes que beneficiaram as pessoas, proporcionando uma vida digna, sobretudo, aos mais necessitados.
A grandeza de nosso Partido, esta estrela pulsante, vibrante; emissora de intensa luz com inequívoco compromisso social foi capaz de produzir a melhoria das condições de vida da população projetando também a luz da esperança e de oportunidades, aos abandonados desta terra.
Então, é Natal… E certo de que as trevas do bolsonarismo, em breve, irão terminar; que o solstício político também é inevitável e que o PT, logo, logo, deverá iluminar, novamente, estas constelações de corações e mentes do povo para valorizar-lhes a vida de novo.
Então, é Natal… E certo de que o país, mais do que nunca, precisa do PT. E que, em breve, nosso Partido, que é o instrumento legítimo da transformação social já aduba a terra para, em breve, fazer a colheita e, novamente, alimentar de sonho e esperança o Brasil.
Então, é Natal… E certo de que nossos adversários não conseguiram eliminar o PT e que, a cada dia, ele nasce de novo – e cada vez mais forte – junto ao povo.
Certo de tudo isto. E que, em breve, iremos inaugurar o Festival do PT Invicto.
Então, é Natal… E certo ainda que a mensagem de Jesus: de amor, de igualdade e de fraternidade é revolucionária e justa e invencível.
Convido a todos para, neste Natal, celebrarmos também o PT, e sua história de luta por justiça social; este Partido que nasceu para fraternalmente revolucionar o Brasil e que, em breve, irá iluminar este país com o sonho amoroso de esperança, justiça, igualdade, fraternidade e oportunidades aos brasileiro(a)s para homenagear-lhes e proteger-lhes a vida
Então, é Natal…
Brindemos a Jesus !!!. (tim.tim)
Brindemos ao Partido dos Trabalhadores !!! (tim.tim)
Brindemos a vida !!! (tim.tim)

Charles Gentil
Presidente do Diretório Zonal PT do Centro. Integrante do Democracia e Luta. Coordenador do Comitê Popular Antifascista Ponte Rasa Pela Democracia e Lula Livre

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