A chorumela de militantes sobre a aliança, Lula x Alckmin, é um processo de digestão, que breve estará superado. Para isso, acho que devemos avaliar, à luz dos números, que comporão a Base Aliada no Congresso, a partir de 2023.
Fazendo uma retrospectiva, para que se tenha uma visão completa da importância de uma aliança bem costurada, vamos dar uma relembrada naquilo que foram as gestões, Lula e Dilma.
1) – LULA ELEITO 2002 = Base aliada 376 deputados com 156 na oposição – tinha 73% do Congresso;
2) – LULA REELEITO 2006 = Base aliada 357 deputados com 133 na oposição – 69% do Congresso;
3) – DILMA ELEITA 2010 = Base aliada 402 deputados com 111 na oposição – 78% do Congresso;
4) – DILMA REELEITA 2014 = Base aliada, 304 deputados com 209 na oposição – 59% do Congresso.
OBSERVAÇÕES: Para um presidente aprovar seus projetos, ele necessita de 3/5 do Congresso, ou seja, 308 votos. Para colocar um projeto em votação na casa, o presidente precisa ter certeza e confirmação de pelo menos 330 votos, ou será suicídio político.
Na gestão Lula, segundo mandato (2006), a base de apoio era de 357 deputados, quando Dilma assumiu seu primeiro mandato em 2010 – recebeu o governo com uma base aliada de 402 deputados, quase 13% a mais que Lula.
DETALHE: Lula fez uma dupla gestão, tendo Zé Alencar, um empresário que não era político, portanto, não tinha votos, e mesmo assim, foi um sucesso de articulação no Congresso junto à base aliada que lhe deu governabilidade segura.
E finalizando, gostaria de dizer que: “Para derrotar Bolsonaro, eu votaria inclusive em Geraldo Alckmin para presidente, imagina tendo ele como vice”. Vamos à luta, pois o genocida não está morto, tem 30% nas pesquisas.
Fonte: Congresso em Foco
Paulo Cavalcanti é assessor político e sindical