Pablo Marçal, que rouba idosos, quer ser prefeito de São Paulo, por Gleisi Hoffmann

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Em 2010, a Justiça Federal de Goiás condenou Pablo Marçal a quatro anos e cinco meses de prisão por roubar idosos e aposentados. Sua quadrilha criava sites falsos de bancos e enviava cobranças de inadimplência para as vítimas, que acabavam informando seus dados pessoais.

O dinheiro roubado fez dele um homem rico. E qualquer pesquisa simples na internet mostra que sua vida é feita de “rolo”, trambique, confusão. Dia desses ele estava em Brasília, desfilando pela Câmara com um broche de deputado, mesmo sem nunca ter tido um mandato. Nessa corrida eleitoral, por exemplo, o jornal Folha de S. Paulo localizou empresas, imóveis e aeronaves em nome do autodenominado ex-coach, sendo que ao menos R$ 135 milhões não foram declarados ao TSE, como manda a lei. Bolsonarista é assim mesmo, enriquecer de maneira duvidosa e omitir patrimônio é com eles.

Mas, quando um picareta capaz de tudo resolve entrar para a política, as coisas também ficam perigosas. Sua equipe atual tem um “coordenador da área de saúde”, Francisco Cardoso, médico defensor da cloroquina na pandemia. Sem vergonha alguma eles dizem que, caso vençam as eleições na cidade de São Paulo, investirão no negacionismo, rejeitando vacinas para crianças e adultos.

Ainda sobre a pandemia, pesquisas apontam que a grande maioria das 700 mil mortes poderiam ter sido evitadas se as pessoas tomassem o imunizante. Ter que enfrentar esse debate de novo beira o surreal. Depois de tanto sofrimento alguém tem coragem de duvidar da ciência? Esse é o desgastante debate que enfrentamos quando se discute com Pablo Marçal, o homem que roubou idosos. Planos de verdade, para melhorar as cidades e a vida do povo, eles não possuem nenhum.

Deputada federal pelo Paraná e presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT)

Publicado no Blog do Esmael

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