O primeiro carregamento de oxigênio da Venezuela chega em Manaus neste domingo, informou o chanceler do país vizinho, Jorge Arreaza, de acordo com o site brasileiro Opera Mundi. A carga parte da cidade de Puerto Ordaz, Estado de Bolívar, em dois caminhões, e percorre 1.500 km até a capital amazonense. As formalidades do acordo de cooperação foram negociadas entre os governadores do Amazonas, Wilson Lima (PSC-AM), e o governador do estado venezuelano de Bolívar, Justo Nogueira, segundo o site.
O ministro venezuelano informou que o governo de Nicolás Maduro “vai fornecer oxigênio enquanto durar a situação de emergência do estado Amazonas”. A produção de oxigênio na cidade de Puerto Ordaz faz parte de um plano de nacional para atender a pandemia do covid-19 na Venezuela. Os caminhões, informa o site, contarão com escolta militar para as cargas até a cidade de Santa Helena de Uairén, na fronteira, e depois por militares brasileiros.
A oferta de apoio do governo da Venezuela foi saudada pelo ex-presidente Lula em suas redes sociais nesta sexta-feira, 16. “Saúdo o governo do presidente Nicolás Maduro, da Venezuela, que em um gesto de solidariedade latino-americana, ofereceu socorro e transporte de oxigênio à cidade de Manaus”, disse o ex-presidente. Em boa hora, a ajuda do país vizinho contribuirá para enfrentar a falta de oxigênio que já começa a afetar cidades do interior do Amazonas, com rede de atendimento ainda mais precária.
Enquanto isso, a tragédia expôs duas situações com novas trapalhadas do setor de “logística” do governo, do Ministério da Saúde e do próprio Exército. Com falta de aeronaves para transportar oxigênio, o maior avião cargueiro brasileiro se encontra nos Estados Unidos em “treinamento militar”. Estacionado por três dias, como um “peça de publicidade”, o avião da Azul poderia ter sido utilizado para agilizar o abastecimento de oxigênio em Manaus.
Da Redação da Agencia PT
Foto: Mário Oliveira – SECOM