Movimentos vão às ruas contra criminalização das lutas populares

Foto: Elineudo Meira

Centenas de manifestantes da União dos Movimentos de Moradia (UMM) foram às ruas do centro da capital paulista, nesta quinta-feira (22), para defender a continuidade do programa “Minha Casa, Minha Vida Entidades”. Entre as principais reivindicações estão à efetivação das contratações previstas pelo programa neste ano, além da luta contra criminalização dos movimentos populares e sociais.

De acordo com a coordenadora da UMM, Evaniza Lopes Rodrigues, a luta contra os retrocessos na habitação se intensificou com o golpe que retirou a presidenta eleita Dilma Rousseff e permanecerá com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL).

Embora haja preocupação dos movimentos de moradia com os posicionamentos do presidente eleito, que pretende tipificar como “terrorismo” as manifestações populares, os movimentos reafirmam que estão organizados para resistir. A manifestação também critica a intenção de Bolsonaro de extinguir o Ministério das Cidades.

“Estamos unidos para mostrar que moradia é um direito para a população pobre, não é uma mercadoria que se compra e se vende. Não ter moradia, significa não ter direitos. A gente quer caminhar junto movimentos e partido para resistir, e mais do que isso, para a gente voltar a ter esperança”, destacou Evanize.Elineudo Meira

Manifestantes defenderam a manutenção do Minha Casa, Minha Vida

“A manifestação de hoje trouxe um importante avanço, pois conseguimos da Caixa Economia Federal um posicionamento de continuidade na contratação do programa “Minha Casa, Minha Vida” para o empreendimento Carolina de Jesus, que fica próximo ao metrô Belém e beneficiará cerca de 100 famílias”, afirma Benedito Barbosa, advogado e coordenador da Central de Movimentos Populares.

Para Sidnei Pitta, também da coordenação da União dos Movimentos de Moradia, São Paulo está entre os estados com o maior déficit de habitacional do país. “O estado do Maranhão atingiu a meta de contratação para construção de moradia popular e São Paulo não”. De acordo com ele, isso se dá também pela falta de compromisso democrático popular das gestões tucanas em São Paulo.

O ato teve concentração na Praça da Sé, passou pelo prédio da Caixa Econômica Federal, Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e finalizou em frente à Secretária de Habitação da Prefeitura de São Paulo.

Por Diane Costa do PT-SP

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