Movimentos vão ao MP – SP para realizar o Grito dos Excluídos no dia 7, na Paulista

Nesta quinta-feira (19) a Central de Movimentos Populares (CMP) e diversas entidades de movimentos populares e sociais protocolaram representação junto à Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo pedindo providências urgentes para o impasse criado em torno de dois pedidos, da oposição e da situação, para realizarem atos no dia 7 de Setembro, na Avenida Paulista.

No último dia 16, representantes do Grito dos Excluídos e da Campanha Fora Bolsonaro estiveram reunidos com o 11º Batalhão da Polícia Militar de São Paulo para notificar a corporação, dentro do prazo previsto no Decreto Estadual nº 64.074/2019, a realização da manifestação do Grito dos Excluídos e da Campanha Fora Bolsonaro no dia 7 de Setembro, às 10h30, na Avenida Paulista, mas foram informados que outro ato já estava marcado para o mesmo dia e mesmo local.

Há 12 anos, a CMP e outras entidades e organizações realizam o Grito dos Excluídos na Paulista, sendo que a manifestação ocorre desde 1995, reunindo milhares de pessoas em diversas partes do país, com iniciativa promovida por movimentos sociais e Igreja Católica, especialmente a CNBB. Na representação protocolada, assinada pela CMP, MTST, Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, Acredito, entre outras, os líderes da manifestação afirmam que o objetivo é que a Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo promova “as medidas administrativas e judiciais necessárias, inclusive a requisição dos protocolos de notificações dos atos e eventos perante à Polícia Militar, para garantir o direito de reunião e manifestação dos autores.”

A justificativa da PM quanto à preferência do local para a situação é a de que, em outra oportunidade, quando também ocorreu o mesmo impasse, a preferência foi dada à oposição e que, desta vez, a situação seria contemplada. No documento, os representantes do Grito dos Excluídos e da Campanha Fora Bolsonaro lembram que “o último ato realizado na Avenida Paulista foi da situação, em 1º de agosto” e que “isso implica a existência ainda mais evidente do direito de preferência para a manifestação de 7 de Setembro para a oposição, mesmo considerando existência fática dos atos, independentemente da duplicidade de pedidos, de acordo com trecho da representação.”

Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP, afirma que não teve duplicidade no dia 24 de julho, como afirma a PM, pois naquela data uma só pessoa comunicou a PM que faria um ato de cunho religioso. A última duplicidade de fato ocorreu no dia 1º de maio, data em que a situação fez sua manifestação exigindo a volta do voto impresso e intervenção militar. “Agora é nosso direito, em observância à determinação judicial. Além do mais, o Grito dos Excluídos é realizado há anos na Avenida Paulista. Não vamos desistir de nosso direito de promover nossa mobilização, na Avenida Paulista, pela aceleração da vacina, empregos, auxílio de 600 reais e pelo Fora Bolsonaro. O outro grupo defende armamento, intervenção militar. Nós defendemos a vida e a democracia. A vida deve ter prioridade”, defende Bonfim.

Mais informações:
Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP (11) 9 7223-8171
Silene Santos, assessora de imprensa da CMP (11) 9 7683-2499

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