Foto: Elineudo Meira
Integrantes do Movimento de Moradia da FLM (Frente de Luta por Moradia) estão em vigília em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda em São Paulo para manifestar contra as prisões arbitrárias e a tentativa de criminalização da luta pelo direito à moradia.
Segundo Osmar Borges, liderança do movimento de moradia, o objetivo do acampamento é cobrar da juíza da 6° Vara, Érica Mascarenhas, medidas que possam colocar em liberdade os companheiros (Angélica, Edinalva, Preta Ferreira e Sidnei), presos desde o dia 24 de junho.
“A vigília é um foco de resistência, todas as provas apresentadas pelo Cássio Conserino, que é o promotor que ofereceu a denúncia, são falsas e nós queremos levar a verdade à juíza. Nós queremos imediatamente a liberdade dos companheiros e que paute o fim da criminalização dos movimentos sociais na cidade de São Paulo”, apontou Osmar Borges.
De acordo com Antônia, coordenadora do Movimento Sem Teto pela Reforma Urbana,um ano atrás, após a queda do prédio no Paissandu, houve uma criminalização dos movimentos por parte do judiciário. Dentro deste contexto, o prédio que pegou fogo no Paissandu não era de um movimento organizado como a Frente de Luta.
“Separar o que é movimento social e o que é um movimento que surgiu no centro da cidade, porém que a gente não sabe com qual a intenção, mas que não é da Frente de Luta por Moradia. A Frente de Luta tem o movimento social, movimento de inclusão, trabalha com as famílias em vulnerabilidade. Além do trabalho para garantir moradia digna, também tem o trabalho de acessar essas famílias ao trabalho, à escola e à assistência social. Dentro do movimento tem assistentes sociais, psicólogos que trabalham e ajudam com que esses direitos sejam acessados de forma digna para essas famílias”, afirma Antônia.
Segundo Sirlândia Mendes, liderança do MSTC (Movimento dos Sem Tetos do Centro), filiado à FLM, não tem como dizer que o movimento está extorquindo as famílias, se ele está beneficiando.
“É uma criminalização gerada por um governo fascista do Dória e do Bolsonaro que sabem do déficit existente em São Paulo. Nós lutamos por um direito constitucional que é ter uma moradia digna. Esta vigília é para que a juíza ouça também o lado das famílias do movimento”, afirma Elisabete Silvério, secretaria municipal das Mulheres do PT São Paulo.
O presidente do Diretório Municipal do PT São Paulo e deputado estadual Paulo Fiorilo, o líder da bancada do PT, Alfredo Cavalcanti e a vereadora Juliana Cardoso e diversas lideranças dos Diretórios Zonais estiveram presentes na Vigília e manifestaram solidariedade à luta do movimento.
Por Diane Costa da Comunicação PT São Paulo