Em reação aos ataques da extrema-direita que, através da atuação de uma CPI, pretende criminalizar o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), investir contra a reforma agrária e atacar o governo Lula, o movimento MST em Debate lançou um manifesto e uma campanha de coleta de assinaturas no documento que será entregue ao deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara Federal, e aos líderes partidários da casa.
“Há uma clara intencionalidade de criminalizar o MST, os movimentos do campo e também movimentos de luta pela moradia na cidade. A constituição brasileira garante o legítimo direito de organização de todas as categorias de trabalhadores e da realização de diferentes formas de mobilização na luta por seus direitos históricos”, denuncia um trecho da “Carta sobre a CPI contra o MST e contra a Reforma Agrária”.
O MST em Debate pretende coletar 100 mil assinaturas. Nesta terça-feira (16), mais de 43 mil pessoas já haviam assinado o documento, que é subscrito por personalidades brasileiras como os escritores Fernando Morais, Frei Betto e Luiz Fernando Veríssimo e os juristas Carol Proner e Pedro Serrano, entre outras.
Os autores defendem a reforma agrária garantida pela Constituição Federal e a sua importância na produção de alimentação saudável para o povo brasileiro.
“A reforma agrária é uma necessidade determinada por nossa constituição para desapropriação das grandes propriedades improdutivas como manda a constituição, garantindo a democratização da propriedade da terra e oportunidade de trabalho para todas as famílias”, afirma o texto. “A reforma agrária agora visa como principal atividade a produção de alimentos saudáveis, para todo povo, que para tanto exigem a adoção da agroecologia”, complementa.
Para assinar o manifesto basta acessar o site: https://www.mstemdebate.com.br/
Da Redação da Agência PT