Morreu nesta quarta-feira (21), em Buenos Aires, aos 95 anos, Mercedes ´Porota´ Colás de Meroño, Vice-presidenta das Mães da Praça de Maio, sem descobrir o paradeiro de sua filha, Alícia, desaparecida em 1978, vítima do regime militar comandado por Jorge Rafael Videla, período em que se estima que cerca de 30.000 argentinos foram mortos ou desaparecidos.
Mercedes Colás, que na infância, morando na Espanha durante a Guerra Civil, teve seu pai fuzilado por ser sindicalista e oposição ao franquismo, e seus cabelos raspados para que o povoado soubesse que o seu pai havia sido executado, que servisse de exemplo.
De volta a Argentina, casa-se e tem sua única filha, Alice, que em 5 de janeiro de 1978 é sequestrada por agentes da ditatura e segue desaparecida até hoje. Meses depois, participa pela primeira vez da marcha organizada pela Mães da Praça de Maio, organização de mulheres, surgida em plena ditadura para reivindicar o paradeiro e a volta dos seus filhos desaparecidos, sequestrados e torturados, mas a maioria não voltaria, foram assassinados.
Diante da brutal repressão à oposição, a Mães da Praça de Maio tiveram grande importância, pois a associação passou a canalizar a oposição à ditadura. Um ano após a sua fundação, milhares de argentinos engrossavam suas marchas.
Para nós do PT e dos Direitos Humanos, Mercedes foi e continuará a ser uma referência e inspiração para os lutam pela apuração e punição dos crimes das ditaduras. Na Argentina, as Mães da Praça de Maio lutaram desde o início pela reaparição dos filhos sequestrados.
Assim o Setorial de Diretos Humanos do PT de São Paulo se dirige as Mães da Praça de Maio para expressar sua solidariedade neste momento de perda, suas condolências e seu pesar.
MERCEDES ´POROTA´ COLÁS DE MEROÑO, PRESENTE!