“A tentativa de destruir o PT, a tentativa de destruir a esquerda brasileira, não deu certo. Nós conseguimos sobreviver e saímos desse processo muito mais fortes”, disse Lula, nesta quinta-feira (12), durante o lançamento do livro e plataforma digital Memorial da Verdade, que reconstroem todo o processo de perseguição ao ex-presidente e ao Partido dos Trabalhadores, realizado pela Operação Lava Jato e pelo ex-juiz Sergio Moro, e mostram como Lula conseguiu provar sua inocência e restabelecer seus direitos políticos (acesse o portal e baixe o livro aqui).
Ao discursar na cerimônia, realizada em São Paulo e transmitida pela internet (assista no fim desta matéria), Lula lembrou que essa tentativa de destruição buscava interromper a política de inclusão social e de posicionamento do Brasil como um país soberano no cenário internacional. “Não querem que essa política volte. Eles estão muito preocupados em garantir o espaço fiscal para que os banqueiros continuem mamando numa vaca gorda chamada Brasil, o tempo inteiro, enquanto o povo está deitado na rua, dormindo no frio e passando fome”, ressaltou Lula.
Para o ex-presidente, o lançamento do livro e da plataforma é o início de uma nova forma de o PT e a esquerda se defenderem dos ataques sofridos nos últimos anos. “Esse livro pode ser o começo de um novo jeito de nos defendermos. Porque quando as pessoas são acusadas de corrupção, muitas delas sucumbem, mesmo que sejam inocentes, e desaparecem da vida política. Não podemos ter medo de discutir a questão da corrupção. O PT está se preparando para que, nas próximas eleições, ninguém ache que vai falar de corrupção e vai inibir o PT. E nenhum partido de esquerda deve temer isso.”
Lula lembrou ainda que foi a farsa jurídica, que chegou a colocá-lo na prisão por 580 dias, que impulsionou a negação da política e permitiu a chegada de Jair Bolsonaro e a extrema direita ao poder. “O seu Bolsonaro foi eleito, primeiro, pelo desmonte e descaracterização da política neste país. O ódio estabelecido contra a política permitiu que um cidadão que passou a vida inteira como político fizesse campanha dizendo que não gostava da política. E esse cidadão não cuidou da pandemia, da fome, do emprego e do salário. E esse cidadão pratica a velha política da pior espécie com que um presidente pode se relacionar com o Congresso Nacional”, denunciou.
Usamos cookies para garantir uma experiência agradável e eficiente ao navegar em nosso site. Ao continuar a navegação você indica que está de acordo.Aceitar