Lula repara abandono do governo anterior e leva apoio federal às crianças yanomamis; assista ao vivo

Governo Bolsonaro abandonou e submeteu povo Yanomami ao garimpo ilegal e criminoso e à fome. Foto: Victor Moriyama

O presidente Lula (PT) viaja neste sábado, 21, ao estado de Roraima, “para oferecer o suporte do governo federal no enfrentamento aos casos de desnutrição em crianças Yanomami”, segundo anunciou em seu perfil de Twitter (veja aqui a agenda oficial). Pela manhã, o presidente Lula anunciará as medidas adotadas pelos ministérios.

Acompanham  presidente Lula, os ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, da Defesa, José Múcio, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, da Saúde, Nísia Trindade, dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, da Secretaria-Geral, Márcio Macedo, dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e do Gabinete de Segurança Institucional, General Gonçalves Dias.

Também integram a comitiva o comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, e o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ricardo Weibe Tapeba.

O governo criou um comitê transversal para tratar da situação, formado por representantes de diversos ministérios (veja a íntegra do decreto que institui 0 Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária das Populações em Território Yanomami).

O comitê está sendo formado “para dar conta do problema de desnutrição, fome, saúde, muito grave nessa região”, segundo o ministro Wellington Dias. Também darão apoio a Funai (Fundação Nacional do Povos Indígenas) e a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena).

Na quarta-feira, o Ministério da Saúde enviou uma equipe para Roraima para elaborar um diagnóstico sobre a população da área.

A missão tem apoio das Forças Armadas.

 

Abandono no governo Bolsonaro

Sob a invasão de garimpeiros, e abandonadas pelo governo anterior, as crianças sofrem com desnutrição severa e escassez de medicamentos.

Segundo o portal Sumaúma, durante o governo de Bolsonaro, o número de mortes de crianças com menos de cinco anos por causas evitáveis aumentou 29% no território Yanomami.

Nesse mesmo período, ao menos 570 crianças yanomamis menores de cinco anos morreram nos últimos quatro anos por doenças que poderiam ter sido evitadas.

As vítimas são de mais de 120 comunidades Yanomamis, entre elas a Kataroa, na região do Surucucu, no município de Alto Alegre, ao Norte de Roraima. Na região há pelo menos 8 mil crianças.

 

Da Redação da Agência PT

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