Lula reafirma à Marcha das Margaridas o ‘compromisso de construir um país mais justo’

Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva speaks to thousands of women from different Brazilian social movements and other demonstrators taking part in the March of the Daisies, on the Esplanade of the Ministries in Brasilia, on August 16, 2023. Tens of thousands of women take part in the 7th edition of the march which pays homage to Margarida Alves, a farmer and trade unionist murdered in 1983. (Photo by Evaristo SA / AFP)

Evaristo Sá / AFP

“Quando vocês andavam sob o sol desta esplanada, em 2019, na última marcha, eu estava preso em Curitiba, vítima de uma perseguição dos que querem impedir o Brasil de mudar. Eu estava distante, mas eu ouvi o grito de vocês por Justiça”. Foi com demonstrações de gratidão que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quarta-feira (16) com as participantes da edição 2023 da Marcha das Margaridas, a primeira realizada presencialmente após o início da pandemia de covid-19.

Ao anunciar uma série de medidas em resposta às demandas apresentadas pela própria Marcha, o presidente lembrou uma carta recebida por ele, enviada pelas participantes da edição anterior. Na época, Lula enviou resposta que, na época, foi lida pelo hoje ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Aqui em Brasília, o companheiro Fernando Haddad leu minha resposta a uma carta de vocês. Nela eu reafirmava, e reafirmo novamente agora, nosso compromisso de construir um país mais justo, um país melhor. Um país mais carinhoso com as mulheres e mais generoso com as mais pobres. Um país em que nenhuma mãe do campo e da cidade passe por sofrimento de não ter o que dar de comer a seus filhos”, destacou, sendo fortemente aplaudido pelas participantes do ato desta quarta.

:: Governo anuncia medidas em resposta a pautas da Marcha das Margaridas ::

O evento reuniu cerca de 100 mil mulheres, vindas de diversas partes do Brasil. Também foram recebidas representantes de outros países. Ao discursar para esse público, Lula agradeceu por ter sido convidado e reforçou a importância da luta feminina por um país mais justo.

“Mulheres do Cerrado, mulheres da Caatinga, mulheres da Amazônia, mulheres da Mata Atlântica, mulheres dos Pampas e mulheres do Pantanal. Mulheres dos quilombos e das terras indígenas. Mulheres que plantam o alimento e semeiam o amor. Mulheres de tantas lutas e histórias: muito obrigado por estarem aqui mais uma vez. Vocês são parte fundamental desse Brasil que volta à democracia, à justiça social e à busca do bem viver”, pontuou.


Mulheres camponesas estão reunidas em Brasília nesta quarta-feira (16) para a sétima edição da Marcha das Margaridas / Fernanda Correia / MAB

“Queridas margaridas: é preciso criar uma cultura de respeito no campo e na cidade. Não toleraremos mais discriminação, misoginia e violência de gênero. Não podemos conviver com tantas mulheres sendo agredidas e mortas diariamente dentro de suas casas. Como também não é possível achar normal que, exercendo uma mesma função, uma mulher ganhe menos que o homem”, prosseguiu o presidente. “Foi para isso que voltei: para fazer do Brasil um país capaz de corrigir as injustiças, um país sustentável, que vive em harmonia com a natureza, sem necessidade de destruir nossas florestas. Que bom estar de mãos dadas com tantas margaridas na reconstrução do Brasil”.

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