Lula e Geraldo Alckmin concluíram o primeiro dia de visita ao Rio de Janeiro com um encontro com profissionais do samba, na quadra da escola Unidos da Tijuca. Para uma barracão lotado, o ex-presidente prometeu, caso volte a governar o país, a tratar o setor cultural com o respeito devido.
“Em todos os estados que eu vou, tenho conversado com os mais diferentes setores da cultura brasileira para que a gente defina, de uma vez por todas, que cultura não é bico”, disse Lula. “Cultura é arte, emprego, trabalho, e a gente precisa tratar com respeito o pessoal da cultura, que ficou passando privações por conta da política de destruição do atual presidente”, completou (assista à íntegra no fim desta matéria).
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Na opinião de Lula, um evento como o carnaval, que antes da pandemia, gerava para os cofres do Rio de Janeiro cerca de R$ 8 bilhões por ano, precisa de mais apoio do poder público. “Por que que o samba não entra no orçamento da prefeitura, do estado e da União? É uma indústria capaz de produzir emprego e profissionalização”, afirmou.
O samba e todas as demais formas de cultura, defendeu Lula, precisam ser tratados com a indústria que são. “Nós vamos definir com vocês como tratar o samba como uma indústria de geração de oportunidades para o povo brasileiro, e o carnaval também.”
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Por isso, prosseguiu o ex-presidente, uma das primeiras ações de um novo governo seu será a recriação do Ministério da Cultura. “Nós vamos restabelecer, recriar, o Ministério da Cultura, que foi destruído nesse país. Segunda coisa, vamos criar comitês culturais nas cidades”, antecipou.
Segundo Lula, “o papel do Estado é garantir que as pessoas conheçam o Brasil na sua plenitude, e um país que não desenvolve a cultura é um país fadado a ser pobre espiritualmente”.
Alckmin celebra Lei Paulo Gustavo
Ao discursar antes de Lula, Geraldo Alckmin celebrou a derrubada dos vetos que Jair Bolsonaro havia imposto sobre as Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, que juntas asseguram quase R$ 7 bilhões para o setor.
“Nós estamos comemorando uma grande vitória, que foi a derrubada do veto do pior presidente da história do Brasil à Lei Paulo Gustavo e à Lei Aldir Blanc, grande conquista da nossa cultura. Que a cultura seja inspiração para nós nesta caminha cívica”, disse.
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Também discursaram a secretária de Cultura do PT-RJ, Viviane Martins; o geógrafo Oscar Bessa; o jornalista Fábio Fabato; Celia Domingues, representante da Fenasamba; André Lara, neto de Dona Ivone Lara; o compositor André Diniz, Pitty de Menezes, intérprete da Imperatriz Leopoldinense; a compositora Manu da Cuíca; o historiador Raimundo Johathan; e o carnavalesco Leandro Vieira.
Da Redação da Agência PT