Lula: “Não tem justificativa o Brasil com 33 milhões de pessoas passando fome”

Ricardo Stuckert

Na cerimônia que oficializou o nome de Geraldo Alckmin como vice da chapa que disputará as eleições deste ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou o compromisso de cuidar do povo pobre, que precisa comer, estudar, trabalhar e ter oportunidades. Ele disse ter consciência de que é possível recuperar o Brasil e destacou que o país precisa de amor e alegria, não de ódio.

“A gente não vai tratar ninguém com indiferença, mas todo mundo tem que saber. Nós temos uma preferência em cuidar do povo pobre desse país, que precisa comer, estudar, trabalhar”, declarou durante convenção do PSB na tarde dessa sexta,29, acrescentando que o Brasil não pode ser o país da fome, da mortalidade infantil e do analfabetismo.

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“Não tem justificativa ter 33 milhões de pessoas passando fome, num país que é o terceiro maior produtor de alimento do mundo. O maior produtor de proteína animal, as pessoas comendo carcaça de frango ou pegando osso em açougue. Qual é a explicação que num país desse uma criança vá dormir sem tomar um copo de leite?”, questionou.

O ex-presidente disse ser preciso recuperar a capacidade de indignação para que a sociedade não ache normal situações dramáticas como muitas vistas nas ruas das cidades brasileiras. “É preciso que a gente que acredita no humanismo comece a falar as coisas que as pessoas não falam. Eu não sei como vocês se sentem, quando veem crianças pedindo esmola, dormindo embaixo de uma barraca, embaixo de um viaduto, sem nenhum olhar do poder público. E esses pobres cuidam mais dos cachorros deles do que o Estado cuida dos seres humanos brasileiros”.

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Lula declarou ainda que, num eventual novo governo, ele e Alckmin vão cuidar de jovens, crianças, homens e mulheres e defendeu que o Brasil volte a ser um país onde prevaleça o amor. “Esse país precisa de alegria, esse país precisa de amor, esse país precisa de compreensão, esse país precisa de fraternidade, esse país precisa de muito carinho”, afirmou, defendendo que ser preciso fazer uma campanha, na rua, sem ódio e sem aceitar provocações. “Ninguém tem que brigar na rua, ninguém tem que brigar no restaurante. Não vamos aceitar provocação. (…) nós temos que ir para a rua mostrar que o povo brasileiro quer democracia de verdade”.

Do site lula.com.br

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