O candidato ao governo do Estado de São Paulo pela coligação “Para Mudar de Verdade” (PT/PCdoB/PR), Alexandre Padilha, e o atual governador Geraldo Alckmin polarizaram o debate promovido por Folha, UOL, SBT e Jovem Pan nesta segunda-feira (25/08). Em resposta à pergunta do jornalista Fernando Canzian sobre a crise hídrica que afeta várias regiões do Estado de São Paulo, Padilha afirmou que será um governador que irá implantar o programa Água Noite e Dia. “Não farei racionamento de água. Eu criei o programa Mais Médicos e acabarei com o mais racionamento do atual governo”, enfatizou.
Padilha rebateu Alckmin, que disse que a crise hídrica é provocada exclusivamente pela seca. “Governador, seu discurso e seus números não enchem a caixa d’água de ninguém. Desde dezembro a região de Campinas está com corte, Guarulhos enfrenta a redução de água desde fevereiro, bairros na capital e cidades da região metropolitana tiveram cortes em abril e maio, como a Vila Madalena, que recebeu água só até a Copa”.
O candidato detalhou os três eixos do programa Água Dia e Noite: “Vamos realizar todas as obras que há 10 anos deveriam ter saído do papel e não saíram. O segundo eixo será incentivar empresários, indústria e condomínios a fazerem o reuso e a captação de água da chuva. O terceiro eixo é a proteção das nossas fontes de água de mananciais, com política de pagamento de serviços ambientais. Serei o governador que vai fazer aquilo que o PSDB só coloca no papel”.
Ao comentar as candidaturas ao governo, Padilha disse que a população tem uma “oportunidade única de optar pela primeira vez por uma candidatura de mudança de verdade”. E completou: “Temos a candidatura que está 20 anos governando o Estado, uma candidatura de todos aqueles que governaram antes desses 20 anos e a minha candidatura, para mudar de verdade, de uma chapa ficha limpa”.
Sobre segurança pública, Padilha reforçou que, se eleito, irá criar a Força Paulista de Segurança. “Temos condições de apontar um novo caminho para segurança pública no Estado, que vive uma situação de hipercrime”. E lembrou ações polêmicas da polícia: “Não vou reproduzir o que acontece nas polícias de São Paulo, que tratam os movimentos de moradia como trataram no Pinheirinho ou que assassinam os jovens da periferia, sobretudo os negros”. A ação policial mencionada por Padilha foi da reintegração de posse da área do Pinheirinho, em São José dos Campos, realizada em 2012, que foi alfo de acusação dos ex-moradores por tortura, abuso e omissão dos policiais.
Padilha também falou sobre mobilidade urbana e afirmou que irá “levar o metrô até o ABC, até Taboão, vou concluir a linha até a Vila Brasilândia”. Ele reforçou que irá implantar o Bilhete Único Metropolitano.
Nas considerações finais, o candidato ressaltou que acredita muito no potencial do Estado de São Paulo. “Eu, que tive a oportunidade de me formar médico pela Unicamp e USP, quero que todos os jovens tenham a mesma oportunidade de ingressar nas melhores universidades. Quero que as mulheres, os idosos e os deficientes tenham direitos e oportunidades garantidos”. E concluiu, referindo-se ao atual governador: “O mundo da propaganda do seu governo é muito diferente da escola, do Metrô, das rodovias, da verdadeira vida do povo de São Paulo”.
Além de Padilha, participaram do debate os candidatos Gilberto Natalini (PV), Laércio Benko (PHS), Walter Ciglioni (PRTB), Paulo Skaf (PMDB), Gilberto Maringoni (PSOL) e Geraldo Alckmin (PSDB), que não compareceu ao primeiro debate.
(Foto: Rodrigo Petterson)
Assista aos melhores momentos de Alexandre Padilha no debate do SBT, UOL, Folha e Jovem Pan
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Fonte: Equipe Padilha 13