Com Haddad, São Paulo avança com políticas públicas de igualdade racial

 

 

Em evento com lideranças da comunidade negra, nesta segunda-feira (5/09), o prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad falou sobre os avanços proporcionados por políticas de cotas em universidades do país e no serviço público de São Paulo; ele também destacou a edição de 90 mil exemplares de livro sobre a história da África, distribuído na rede municipal

 

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Fernando Haddad (PT / PCdoB / Pros / PDT / PR), participou na noite de segunda-feira (5/9) de um encontro com lideranças do movimento negro de São Paulo, no bairro da Liberdade, região central de São Paulo. Haddad reforçou a importância das políticas de cotas adotadas em universidades e no serviço público ao longo da última década, como forma de reparação das injustiças históricas que marcaram os povos negros que desembarcaram no País a partir do século XVI. “A questão do negro no Brasil não é um detalhe da nossa reflexão e da nossa ação. Pelo contrário. É uma questão que perpassa a coluna vertebral desse país, que agora acordou para esse debate”, disse Haddad. “Não é por causa do momento atual que vamos deixar essa pauta regredir. O centro da questão racial é estrutural na sociedade brasileira e tem que ser enfrentado todo o santo dia para que possamos avançar”.

 

Haddad recordou sua gestão como ministro da Educação, a partir de 2003, quando foram aprovadas políticas importantes de inclusão social como o ProUni, o Universidade para Todos e a lei de cotas para negros em universidades federais. “Hoje, há uma presença forte do negro nas universidades federais. Dependendo da unidade da federação, o negro é até maioria”, afirmou. Ele lembrou que a inclusão dos negros começou com o ProUni, que facilitou a obtenção de crédito estudantil a jovens e adultos de menor renda, e prosseguiu com a aprovação da lei de cotas no ensino superior público. “Mesmo assim, é importante lembrar que levamos um ano para aprovar o ProUni e quase dez anos para que o Congresso Nacional desse aval à política de cotas. A partir daí, tivemos um incremento enorme da presença do negro e da negra nas universidades federais de todo o país”, completou.

 

Mesmo com toda a experiência obtida no Ministério da Educação, Haddad confessou que teve dificuldade em aplicar a política de cotas para os servidores públicos municipais, que hoje beneficia 1,3 mil servidores e deve contemplar outros 1 mil até o final do ano. “A cota do serviço público é diferente daquela para a universidade, na qual a divisão das vagas é feita proporcionalmente em cada estado”, explicou. “No caso do serviço público, a cota racial é direta, de 20%. Era um passo ainda mais ousado e que felizmente está dando muito certo. Agora temos negros em carreiras onde eles não ocupavam cargos, como os de procuradores, médicos e auditores”.

 

São Paulo tem 37% de sua população composta por negros e pardos, segundo o Censo do IBGE de 2010 – a maior população em número de habitantes negros e pardos no País. Haddad foi o primeiro prefeito da história de São Paulo a criar uma Secretaria de Promoção da Igualdade Social, que realiza uma série de atividades sobre o tema no município. Além disso, ele já entregou dois centros de referência preparados para atender vítimas de racismo, localizados na Vila Maria e em Cidade Tiradentes – até o fim do ano, a cidade ganhará mais unidades em São Mateus e no Centro.

 

Antes de se despedir, Haddad disse ter muito orgulhoso pela edição do livro didático “A História da África”, distribuído a todas as escolas municipais, com tiragem de mais de 90 mil exemplares, e que será distribuído a 30 mil professores. O livro é uma compilação de uma obra lançada em 2007 pela ONU, que reuniu 350 especialistas na história do continente africano e demorou 30 anos para ser concluído. “Esse livro vai mudar a realidade das nossas escolas, afinal, a base do preconceito é a ignorância. Se educarmos as crianças desde a primeira infância, elas não vão chegar à idade adulta ignorantes. Não temos vocação para intolerância”, concluiu.

 

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Fonte: Assessoria de Imprensa Campanha Fernando Haddad

 

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