Com gestão Haddad número de ciclistas aumentou com implantação de ciclovias na capital

 

 

Os resultados da pesquisa “Perfil de quem usa bicicleta na cidade de São Paulo”, divulgada nesta segunda-feira (21) durante a Semana da Mobilidade 2015, revelaram que 40% dos ciclistas começaram a pedalar há menos de um ano nas áreas central e intermediária da cidade, possivelmente influenciados pela expansão da malha cicloviária. O mapeamento, inédito na capital e um dos mais abrangentes realizados, foi elaborado pela Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade) em parceria com a ONG Transporte Ativo, Observatório das Metrópoles e apoio do banco Itaú.

“Isso [o estudo] é prova de que o cicloativismo estava certo. O que se dizia? Não dá para ter ciclista sem infraestrutura. A oferta de infraestrutura vai gerar demanda pela ciclovia. Então aqueles que criticavam democraticamente dizendo que estavam sendo feitas ciclovias para ninguém vão ter que rever os seus conceitos, porque naquele dia era verdade e um ano depois já não é mais. Nós não podemos trabalhar com o planejamento da cidade de um dia. Nós temos que planejar a cidade para 10, 20 anos e é isso o que está sendo feito em São Paulo hoje”, disse o prefeito Fernando Haddad na manhã desta terça-feira (22).

Além de traçar um perfil dos usuários, a pesquisa tem o objetivo de trazer informações que possam subsidiar a formulação de políticas públicas voltadas a quem utiliza a bicicleta como meio de transporte na cidade.

Questionados sobre quando a bicicleta começou a ser usada como meio de transporte, 29% dos entrevistados disseram utilizá-la há mais de 5 anos, enquanto 19% pedalam há menos de 6 meses. Mais de 70% dos ciclistas afirmam usar a bicicleta pelo menos 5 vezes por semana, indicando que a bicicleta é, de fato, o principal meio de transporte para muitos paulistanos. Esse resultado se repete entre homens e mulheres.

 

A pesquisa revelou ainda que 62% dos paulistanos pedalam mais de 5km no principal deslocamento feito por bicicleta no dia e, como forma de melhorar seus deslocamentos diários, 50% dos entrevistados sugeriram a implantação de mais vias exclusivas para ciclistas na cidade. Entre os entrevistados que disseram nunca usar ciclovias em suas viagens, 80% estão na periferia.

“Tem muita gente que acha que a Prefeitura já fez muita ciclovia, mas na verdade não é isso. Precisa haver uma política permanente de ampliação, com conexão entre as ciclovias, por isso que a pesquisa revela essa insatisfação”, disse o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.

Quase 40% dos ciclistas da capital ganham entre 0 e 2 salários mínimos (R$ 1.576), índice semelhante ao número de entrevistados que têm entre 25 e 34 anos. Ciclistas de 35 a 44 anos compõem a segunda faixa etária mais presente, com cerca de 27%.

“Essa pesquisa está muito alinhada aos nossos três eixos de atuação, que é a participação pública, que faz o relacionamento com o poder público, a área de pesquisa, que faz a coleta de dados para subsidiar as políticas públicas, e a área de cultura e informação, que faz a parte de eventos”, disse o diretor de participação e coordenador executivo da Ciclocidade, Daniel Guth.

A intensão da pesquisa era saber quem utiliza a bicicleta como meio de transportes na cidade, por qual motivo, quanto tempo gastam em seus trajetos, qual a distância percorrida nos deslocamentos, como avaliam os seus percursos, as estruturas viárias e cicloviárias, além de propor melhorias.

Também estiveram presentes na apresentação o secretário municipal de Cultura, Nabil Bonduki, a superintendente de Relações Institucionais e Governamentais do Itaú Unibanco, Luciana Nicola, o diretor da Transporte Ativo, Zé Lobo, a coordenadora de pesquisas da Ciclocidade, Ana Carolina Nunes e a arquiteta da CET Suzana Nogueira.

 

Metodologia

No período de 10 a 28 de agosto foram aplicados 1.804 questionários às pessoas que estavam andando de bicicleta no período de 6h e 12h e entre 16h e 20h em todas as regiões da cidade, do centro à periferia, tanto em vias contempladas por ciclovias ou ciclofaixas quanto em ruas ainda sem infraestrutura, mas que são usadas com frequência por ciclistas. Também foram realizadas abordagens em bicicletários públicos e com usuários dos sistemas de bicicletas compartilhadas. 

Dois questionários foram aplicados, um sobre a idade, renda, profissão, motivação para o uso da bicicleta, tempo e perfil dos deslocamentos. O segundo avaliou as condições e segurança do percurso, sugestão de melhorias, quilometragem do principal deslocamento e se o usuário indicaria o percurso a um idoso ou a uma criança.

 

Semana da Mobilidade 2015

Neste ano, a Semana tem como tema “Mobilidade: seja você a mudança na cidade” e pretende mostrar a mudança de postura dos paulistanos na busca pela redução dos acidentes e a democratização do sistema viário. Clique aqui e consulte a programação.

Durante toda a semana, e também até o final do mês de setembro, serão realizadas atividades em parceria com outras secretarias municipais e entidades privadas, com temas variados como circulação de bicicletas, segurança no trânsito, além de audiências para debater a mobilidade em São Paulo.

A Semana da Mobilidade é uma iniciativa prevista pelo Código de Trânsito Brasileiro, realizada pelos órgãos que compõem o Sistema Nacional de Trânsito.

 

Fonte: Prefeitura de SP – Secom

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