Cidade cinza nunca mais: SP terá um dos maiores corredores de grafite da América Latina

Quanto mais arte, menos cinza! É por isso que dezembro já vai começar colorido para o Centro da maior metrópole do Brasil.

A partir da primeira semana do mês que vem, a avenida 23 de Maio, em São Paulo (SP), ganhará intervenções urbanas com grafites em mais de 70 muros da avenida, entre o Terminal Bandeira e a passarela Ciccilio Matarazzo, em frente ao Museu de Arte Contemporânea (MAC), antigo Detran. 

São mais de 200 artistas na produção de 15 mil m² de murais com arte urbana na capital paulista. O objetivo da iniciativa, realizada pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, é que o projeto se torne um dos maiores corredores de grafite da América Latina, ficando a frente dos murais da Copa do Mundo, na zona leste da cidade, atualmente o maior. A previsão é que o projeto seja concluído entre o fim de janeiro e início de fevereiro. 

Para garantir a segurança dos grafiteiros durante o trabalho, a Prefeitura de São Paulo irá auxiliar os artistas por meio da Guarda Civil Metropolitana (GCM), além de garantir ainda a limpeza dos muros, ampliação da iluminação e corte de grama com a Coordenação das Subprefeituras e a Secretaria Municipal de Serviços.

Para a organização do trânsito durante a grafitagem dos artistas, o apoio será da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O secretário da Cultura, Juca Ferreira, e um grupo de grafiteiros fazem a curadoria do projeto.

O grafite é uma das principais formas de arte e expressão das juventudes urbanas ao redor do mundo: uma maneira artística e inclusiva de ocupar os espaços urbanos e ressignificar a cidade. No entanto, nem sempre o poder público respeita o grafite. Em São Paulo, por exemplo, vigorava, desde 2008, uma política completamente contrária à grafitagem. A ordem era recobrir muros grafitados com tinta cinzenta. O documentário “A Cidade Cinza” retrata bem essa política totalitária e a resistência de artistas, como OsGemeos, Nunca e Nina  e movimentos sociais.

Graças à pressao popular, de artistas e movimentos sociais da cidade, além da forma de governar do prefeito Fernando Haddad, essa política de limpeza urbana mudou. Hoje, a realidade é diferente e é possível observar uma galeria de arte urbana a céu aberto pelas ruas da cidade.

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Fonte: Site Muda Mais

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