“Faz o L”: IPCA despenca em maio, puxado pela queda dos preços dos alimentos

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Mantendo a já curiosa tradição de apresentar indicadores econômicos que parecem sempre encontrar o mercado desprevenido, o governo Lula celebrou mais um número animador nesta terça-feira (10). Após as avanços no PIB, na criação de vagas de trabalho e na redução histórica do desemprego, foi a inflação que decidiu ‘surpreender’, despencando em maio graças à queda no preço dos alimentos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou para 0,26%, ante os 0,43% de abril, marcando a menor taxa para o mês desde 2023 (0,23%).

Para se ter uma ideia do tamanho da surpresa, projeções de 30 instituições consultadas pelo Valor Data apontavam para uma alta de 0,34%, em um intervalo de projeções que iam de 0,29% a 0,43%. Ou seja, o resultado ficou bem abaixo do indicador mínimo previsto.

No acumulado de 12 meses encerrado em maio, o IPCA caiu para 5,32%, ante 5,53% no mês anterior. “Para o resultado em 12 meses, a expectativa do mercado era de 5,40%, segundo o Valor Data, com intervalo das estimativas entre 5,35% e 5,51%”, destacou o Valor.

Alimentação e bebidas puxam queda

Cinco dos nove grupos pesquisados pelo IBGE registraram desaceleração, com a maior queda puxada pelo grupo alimentação e bebidas (0,82% em abril para 0,17% em maio. Os outros grupos são vestuário (de 1,02% para 0,41%); saúde e cuidados pessoais (de 1,18% para 0,54%); despesas pessoais (de 0,54% para 0,35%); e comunicação (de 0,69% para 0,07%).

As quedas nos preços dos alimentos mais expressivas fora as reduções no preço do tomate (-13,52%), do arroz (-4,00%), dos ovos (-3,98%) e das frutas (-1,67%). Em compensação subiram a batata-inglesa (10,34%), a cebola (10,28%), o café moído (4,59%) e as carnes (0,97%).

“Se olharmos para os três principais grupos, Alimentação e bebidas, Habitação e Transportes, que juntos possuem peso de 57% no IPCA, observamos que a desaceleração dos alimentos, que saíram de 0,82% em abril para 0,17% em maio e a queda dos Transportes de 0,37%, acabam por compensar a alta de 1,19% do grupo Habitação, refletindo no resultado final do índice geral”, observou o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, à Agência de Notícias do IBGE.

O resultado foi comemorado pelo deputado federal Bohn Gass (PT-RS). “Lá atrás, Lula agiu. Agora, vem o resultado. Nosso governo não faz como Bolsonaro fez na gasolina, uma medida artificial que deu calote nos estados”, celebrou Gass, pelo X, em referência à queda dos preços dos alimentos.

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