Em São Paulo, Gleisi debate conjuntura política da América Latina

Foto: Paulo Pinto

A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, esteve em São Paulo nesta sexta-feira (15) reunindo militantes e apoiadores para debater a conjuntura política daAmérica Latina e o papel que o estado brasileiro deve assumir em um cenário de crises e ameaças dos Estados Unidos.

No evento, Gleisi foi homenageada pelo coletivo Flores da Resistência, que se propôs a iniciar o debate com poesia e palavras de afeto em meio a uma conjuntura que impõe tantos desafios. Na ocasião, destacaram a resistência da deputada federal frente aos ataques que vêm sofrendo e a força que representa na luta contra retirada de direitos que o governo Bolsonaro tem imposto ao povo brasileiro.Paulo Pinto

Representantes do Flores da Resistência e do Diretório Municipal de SP prestaram homenagem a Gleisi. A ex-ministra Eleonora Menicucci também foi reverenciada

Gleisi defendeu que a questão da Venezuela não se trata de apoio irrestrito ao governo, mas sim de solidariedade ao povo venezuelano e respeito à sua soberania. “O Brasil sempre pregou uma política externa de respeito a soberania, não intervenção e mediação dos conflitos por meio do diálogo”, justificou.

Gleisi destacou que, neste momento, o país não pode se abster de tentar compreender a situação e trabalhar soluções diplomáticas: “Se há conflito, temos que conversar. Não é atacando, não é boicotando a Venezuela” que tudo será resolvido.

Ela também ressalta o caráter econômico da proposta intervencionista dos Estados Unidos lembrando que a Venezuela é uma importante reserva mundial de petróleo e que há interesse do governo americano em aproveitar o conflito na região para garantir vantagens sobre o recurso natural. “É uma questão econômica que se reveste em democracia, participação e direitos humanos”, pondera.

Enquanto isso, Brasil vive desmonte do Estado

Sobre a conjuntura nacional, Gleisi avalia que, desde o golpe sofrido pela presidenta eleita Dilma Rousseff, o Brasil vive um momento de desmonte dos instrumentos constitucionais que foram estabelecidos em 1988 e permitiram que os governos petistas colocassem os direitos do povo, sobretudo o mais pobre, no centro da política.

Com base nisso, afirma que a reforma trabalhista aprovada no governo Temer e a reforma da Previdênciaproposta por Jair Bolsonaro são parte de um processo que não só retira diretos da população mais vulnerável, como cria novos instrumentos legais para dificultar que os próximos governos voltem a pensar políticas públicas de assistência social. “Essa é a visão de Estado que eles querem: um Estado excludente e opressor”.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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