Fernando Haddad percorreu nesta segunda-feira (5) a região de Parelheiros, no extremo Sul da cidade de São Paulo. O bairro fica a cerca de 50 km do centro da capital paulista. Parelheiros tem aproximadamente 350 km quadrados de tamanho, grande parte tomado por vegetação e nascentes de águas que abastecem as represas Billings e Guarapiranga
O pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo começou o dia com uma visita ao Jardim Iporã. Lá, encontrou-se com um grupo de moradores, que luta pela canalização do córrego da Viela 41, explicou a líder comunitária Arlete Teixeira.
Em seguida, Fernando Haddad visitou o Centro da Criança e do Adolescente do Jardim São Norberto, onde são atendidas 140 crianças, conheceu a cooperativa Olhar Local (parceria entre o Sindicato dos Bancários e o Banco do Brasil para produção de sabão e funcionamento de uma agência bancária) e depois se encontrou com moradores do Vargem Grande, na Cratera da Colônia, uma depressão em forma circular resultado da queda de um corpo celeste há milhares de anos. O loteamento passa por processo de regularização e conta com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal.
A próxima parada foi no Ceci (Centro de Educação e Cultura Indígena) localizado na Aldeia Morro da Saudade e construído na gestão Marta Suplicy. Ali vivem 1.300 indígenas guarani-krukutu, de acordo com o cacique Timóteo, que lutam pela preservação da sua língua e da cultura. Haddad foi recebido na Casa de Reza da aldeia por um grupo de crianças, que cantaram músicas em guarani para saudar o visitante.
“É uma pena que pouca gente conheça este local e a riqueza cultura existente”, observou.
Fernando Haddad esteve no CEU Parelheiros e constatou mais uma vez um problema existente nestes equipamentos construídos pela atual administração. A falta de estrutura adequada para oferecer à comunidade atividades culturais. São poucas as opções. O mesmo problema aflige os cursos profissionalizantes. Existem poucas vagas disponíveis para uma grande demanda.
O pré-candidato a prefeito esteve na UBS/AMA de Parelheiros, no PS Balneário São José, visitou o seminário católico Instituto Missionário Servo de Jesus Salvador e foi ao Jardim Nova Era, onde a Prefeitura de São Paulo e o governo estadual passaram a demolir casas consideradas em área de risco. Próximo dalí passam as pistas do trecho Sul do Rodoanel Mário Covas. Onze famílias já perderam suas casas, sendo que algumas foram colocadas no chão sem ordem judicial, contou a moradora Janicleide Gomes de Oliveira.
O dia de visita a Parelheiros foi encerrado com uma plenária, onde Haddad ouviu lideranças, movimentos sociais e entidades para colher subsídios para o seu programa de governo. “Temos andado bastante pela cidade e o que percebemos é que, apesar de dispor de recursos, a prefeitura não se mobiliza para fazer as obras que São Paulo tanto precisa”, afirmou.
Por: Everaldo Gouveia
Fotos: Eduardo Ogata
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