Em nota, advogados da família de Marcelo Arruda questionam inquérito policial

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Após a Polícia Civil do Paraná apresentar à imprensa suas conclusões sobre o assassinato do líder do PT Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu (PR), os advogados que representam a família da vítima emitiram nota na qual fazem considerações e apontam dúvidas a respeito de como a investigação foi conduzida.

BAIXE AQUI A ÍNTEGRA DA NOTA

No documento, os advogados ressaltam não ter tido acesso oficial ao relatório de conclusão, mas que souberam, pela imprensa, que a polícia descartou motivação política no crime, o que provoca espanto. Para eles, essa conclusão é fruto de um trabalho de investigação “recheado de contradições e imprecisões”.

“Por certo, a necessária continuidade das investigações demonstrará que a nossa convicção quanto às motivações políticas do assassinato. Como o autor do fato vai até a festa de Marcelo – evidenciado o conteúdo político do evento – senão para impedi-lo ou frustrá-lo? Faria o mesmo se fosse um aniversário sem conteúdo político decorativo?”, questionam em um trecho do documento.

Por fim, os advogados Daneil Godoy Junior, Paulo Henrique Guerra Zuchoski, Andrea Pacheco Godoy e Ian Martin Vargas apontam uma série de pontos que os “afligem e despertam dúvidas consistentes”. São eles:

a) A não concessão de vistas e acesso ao inquérito no âmbito da Policia Civil, aos advogados das vítimas, violando o art. 7º, XIII e XIV da Lei 8906/94; por parte da autoridade policial;

b) O não atendimento, pela autoridade policial, de requerimento de produção de provas por familiares, sequer o respondendo, favorável ou desfavoravelmente;

c) O não atendimento, imotivado, pela autoridade policial, de cota do Ministério Público para que fosse oportunizado a família a indicação de testemunhas;

d) A entrega de relatório sem a conclusão de perícias nos bens apreendidos, celular do criminoso, DVR do clube e veículo do autor do crime;

e) A antecipação desmotivada, em 04 dias, do prazo de conclusão do relatório do inquérito policial, observadas as pendências acima;

f) O afastamento açodado e desfundamentado da motivação política evidenciada;

g) Estão sendo respeitados os direitos dos familiares, também vítimas e da sociedade, que espera o respeito as Leis e as Convenções?

h) Cui bono? (A quem beneficia?)

Da Redação  da Agência PT 

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