Eleições: Lula vence também entre brasileiros no exterior

Fila para votação no primeiro turno das eleições presidenciais em Barcelona, na Espanha (Foto: Nacho Doce)

Além do território nacional, Luiz Inácio Lula da Silva também foi o vencedor geral do primeiro turno entre brasileiros e brasileiras que vivem no exterior. Com 99,15% das urnas apuradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em países estrangeiros, Lula obteve 47,13% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro recebeu 41,63%. Em números absolutos, Lula teve mais de 137,6 mil votos, e Bolsonaro chegou a 121,5 mil.

Nas cidades estrangeiras que já tiveram 100% das urnas apuradas, Lula venceu em 79 e Bolsonaro, em 44. No maior colégio eleitoral de brasileiros no exterior, Lisboa (Portugal), Lula venceu com 61,6% dos votos, contra 30,58% de Bolsonaro. Em Miami (EUA), segundo maior colégio, Bolsonaro ganhou com 74,3%, contra 16,24% de Lula. Na terceira maior comunidade, Boston (EUA), Bolsonaro teve 69,89% e Lula, 23,04%.

Na Argentina, Lula obteve uma vitória histórica, com 63,5% dos votos válidos, contra 29,1% de Bolsonaro. Também venceu no Chile, com 44,86%, e na Colômbia, com 52,82%. A disputa no México foi mais equilibrada, mas Lula venceu por 44,2%, contra 42,84% de Bolsonaro.

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Na Itália, quarto país em número de brasileiros votando, Lula venceu com 50,18% dos votos em Milão e 54,76% em Roma. Também ganhou nos três locais de votação na Alemanha, quinto maior colégio eleitoral: em Berlim, teve 79,65% dos votos (contra 11,14% para Bolsonaro). Em Frankfurt, Lula teve 64%, ante 22,84%. E em Munique, o petista registrou 60,16% contra 24,73.

Lula terminou em vantagem sobre o candidato à reeleição na maioria dos países da Europa. No Reino Unido, onde a votação foi realizada apenas em Londres, Lula ganhou com 55,18% dos votos, contra 34,94% de Bolsonaro. Na Espanha, Lula venceu com 52,27% em Madri e 70,2% em Barcelona. Na França, o petista teve 77,23% dos votos.

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Até na Hungria, liderada pelo aliado de Bolsonaro Viktor Orbán, Lula teve 80,89% dos votos, contra 11,86% de Bolsonaro. Na Rússia, com quem o inquilino do Planalto jura ter “bom relacionamento”, o petista teve 53,57% dos votos, contra 33,33% de Bolsonaro. A exceção foi a Grécia, onde Bolsonaro venceu com 46,9% dos votos.

Em países africanos, Lula ganhou em mais países, incluindo Angola, Costa do Marfim, Egito, Gana, Guiné-Bissau, Quênia, Cabo Verde, Marrocos, Senegal, Tanzânia e Tunísia. Bolsonaro venceu no maior colégio eleitoral brasileiro no continente – Pretória, na África do Sul, além de Moçambique e República Democrática do Congo.

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A disputa foi acirrada na América Latina – com exceção de Cuba, onde Bolsonaro teve apenas 1 voto, ou 3,23% do total, enquanto Lula venceu com 28 votos, ou 90,32%. Na América do Sul, Lula venceu a eleição na Argentina, no Uruguai, no Chile e na Colômbia. Bolsonaro bateu o petista na Bolívia, no Paraguai, no Equador e na Venezuela.

Lula também ganhou na Jamaica, México e Nicarágua, enquanto Bolsonaro venceu em Guiana, Suriname, Honduras, Rep Dominicana, Haiti, Bahamas e El Salvador. Já na América do Norte, a votação foi dividida.

Bolsonaro ganhou nos Estados Unidos, com votação expressiva em Miami e Boston, mas teve menos votos que Lula em algumas cidades americanas: na capital Washington (45,33% contra 41,7%), Chicago (51,44% contra 33,69%), Los Angeles (45,53% contra 42,43%) e San Francisco (53,95% contra 33,35%). Lula foi ainda o mais bem votado no Canadá, com 60,73% dos votos em Montreal, 50,86% em Ottawa, 50,56% em Toronto e 55,29% em Vancouver.

Na Ásia, Lula venceu na China, com 63,16% dos votos, e em outra grande economia do continente: Índia, com 65,85% contra 29,27% de Bolsonaro em Nova Déli e 75% contra 16,67% em Mumbai. O petista também ganhou em locais como Coreia do Sul (62,8%), Malásia (47,37%), Singapura (46,67%), Tailândia (43,81%) e Vietnã (65%). Bolsonaro ganhou no Japão, Hong Kong, Filipinas, Indonésia, Taiwan e Timor Leste.

Na Oceania, Lula foi o mais bem votado na Austrália e na Nova Zelândia. No Oriente Médio, o petista obteve mais votos no Líbano, Jordânia, Árabia Saudita e territórios palestinos. Bolsonaro venceu nos Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar, Kuwait e Israel, onde a preferência por ele caiu de 66,5%, em 2018, para 45,98% neste ano.

Conforme o TSE, mais de 697 mil brasileiros que vivem no exterior estavam em condições de votar nas eleições presidenciais. Número 39% mais alto que em 2018. Agora, o contingente de eleitores no exterior corresponde a 0,45% dos 156,4 milhões de cidadãos que votam no Brasil. Com 58,54%, mulheres são a maioria do eleitorado cadastrado no exterior. A maior parte deles tem entre 35 e 44 anos.

Da Redação da Agência PT 

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