Efeito Lula: em agosto, confiança empresarial atingiu maior nível em 2 anos

José Fernando Ogura/ANE

Reflexo de um robusto processo de crescimento econômico, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE subiu 0,3 ponto em agosto, para 97,9 pontos, o maior valor desde setembro de 2022 (98,8 pts.). Após a sexta alta consecutiva, o índice acumula uma alta de 4,3 pontos desde fevereiro passado.

“O avanço gradual da confiança empresarial em 2024 reflete um ambiente de crescimento mais robusto dos segmentos cíclicos da economia em comparação ao ano passado, com destaque para a Indústria de Transformação, que tem apresentado sinais claros de aquecimento, como baixos níveis de estoques e elevado nível de utilização da capacidade instalada”, avalia Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas do FGV IBRE.

“O avanço do Índice da Situação Atual em agosto sugere que o nível de atividade permanece favorável no terceiro trimestre. Em contraste com esses sinais positivos, observa-se ainda um baixo nível de confiança no Comércio e uma ligeira queda do Índice de Expectativas Empresarial no mês”, acrescenta.

 

O avanço do ICE em agosto reflete movimentos distintos em seus dois índices-componentes. Após cinco meses em alta, o Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) ficou praticamente estável, ao recuar 0,1 ponto. Os indicadores que medem as expectativas com relação à tendência dos negócios (seis meses à frente) e à demanda (três meses) recuaram 0,1 e 0,2 ponto, respectivamente, para 98,9 e 95,3 pontos.

No sentido contrário, o Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) avançou 0,7 ponto no mês, atingindo 98,7 pontos, o maior valor desde dezembro de 2013 (100,2 pts.). Seus componentes, que medem a percepção sobre a demanda corrente e a situação atual dos negócios, subiram 0,4 e 1,0 ponto, respectivamente, para 98,9 e 98,6 pontos.

 

Da Redação da Agência PT, com informações do FGV IBRE

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