Efeito Lula: desemprego atinge menor patamar em oito anos, afirma Ipea

Divulgação

A taxa de desocupação, que mantinha relativa estabilidade em torno de 8,5%, voltou a recuar com mais força no último bimestre. Com isso, a taxa de desocupação dessazonalizada, calculada mensalmente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), atingiu 8%, menor índice dos últimos oito anos (veja gráfico abaixo). 

Essa taxa é medida pelo Ipea a partir de dados da série trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (acesse aqui a íntegra do estudo). A melhora de algumas variáveis ligadas aos rendimentos, subocupação e desalento confirmam esse cenário mais otimista para o mercado de trabalho.

Em abril, na comparação com o mês anterior, a população ocupada apresentou a quarta expansão consecutiva, com aproximadamente 99,2 milhões de pessoas. “Adicionalmente, enquanto a ocupação formal registrou crescimento médio interanual de 3,2%, no último trimestre, encerrado em abril, a população ocupada informal apresentou retração de 0,6%, nessa mesma base de comparação”, diz o Ipea.

Fizemos o L para isso

O deputado federal e líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu, (PT-PR), comemorou o resultado e fez uma comparação com a administração desastrosa do país nos quatro anos antes das eleições. “No primeiro ano do governo Bolsonaro (sem pandemia e sem guerra) o desemprego fechou em 11,9%, ressaltou Dirceu, pelo Twitter. “O Brasil fez o L para o presidente Lula mudar a realidade, e ele já está mudando”, festejou.

 

Segundo a análise, o recorte setorial mostra que o crescimento da ocupação tem ocorrido de forma generalizada, mas com diferente intensidade. Nos últimos 12 meses, encerrados em abril, todos os setores tiveram criação de empregos, com destaque para o comércio (376,2 mil), os serviços administrativos (264,5 mil), a indústria de transformação (204,9 mil) e a construção civil (191,6 mil). Em abril, o contingente de 107,9 milhões de pessoas pertencentes à força de trabalho era 0,8% menor que o observado no mesmo período do ano anterior.

De acordo com o estudo, nos últimos 12 meses a população desalentada registrou queda de 15,8%. Os números caíram de 4,3 milhões, em abril do ano passado, para 3,5 milhões em abril deste ano. Além da queda do número de desalentados, foi observada retração da parcela de indivíduos que estão fora da força de trabalho devido ao estudo, às obrigações domésticas, a problemas de saúde, entre outros motivos, que não desejam retornar à atividade, mesmo diante de uma proposta de emprego.

“Uma possível explicação é a melhora do mercado de trabalho que pode estar gerando uma necessidade menor de compensar perdas de emprego e/ou rendimento domiciliares, possibilitando que demais membros da residência possam se dedicar exclusivamente a outras atividades”, diz o Ipea.

Da Redação da Agência PT, com Agência Brasil

Posts recentes:

Arquivos

Pular para o conteúdo