Presidente deve explicar os constantes cortes no fornecimento de energia elétrica, como foi o caso do último dia 18/11, quando um blecaute interrompeu o fornecimento para as regiões sul e oeste da Capital, afetando mais de 1,8 milhão de consumidores e causando pane na Linha 4 do Metrô.
Por Imprensa PT Alesp
As constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica, a demora no restabelecimento do serviço e o atendimento insatisfatório aos consumidores na área de concessão de serviço público de energia elétrica da AES Eletropaulo foram os problemas que levaram o deputado Luiz Moura, que integra a Comissão de Fiscalização e Controle, a votar favorável à presença do presidente da companhia, Britaldo Pedrosa Soares, nesta terça-feira, às 14 horas, na Assembleia Legislativa.
Os deputados querem que o presidente da AES Eletropaulo explique os gravíssimos problemas enfrentados pelos consumidores com os constantes cortes no fornecimento de energia elétrica, como foi o caso do último dia 18/11, quando um blecaute interrompeu o fornecimento para as regiões sul e oeste da Capital, afetando mais de 1,8 milhão de consumidores e causando pane na Linha 4 do Metrô. Em junho, outro blecaute gigantesco já havia prejudicado parte da Região Metropolitana de São Paulo.
Segundo a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, a Eletropaulo falha em cumprir a meta de qualidade de duração dos apagões traçada pela agência.
A transmissora Cteep também tem um histórico de apagões recentes. Em fevereiro deste ano, falhas na subestação Bandeirantes deixaram 2,5 milhões de pessoas sem energia. Em 22 de novembro de 2010, a falha foi na subestação Pirituba, e 1,2 milhão de pessoas foram afetadas.
Os deputados Geraldo Cruz, Marcos Martins, Isac Reis e José Zico Prado, em agosto último, estiveram reunidos com o diretor-geral da Aneel, Nelson Hübner, para encaminhar as principais reclamações feitas contra a Eletropaulo em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, em 10/8, e pedir maior agilidade da ARSESP, agência reguladora dos serviços de energia no Estado de São Paulo, em tomar medidas contra os maus serviços prestados por essa concessionária.
Os parlamentares do PT, durante a audiência pública, lembraram que em convênio, que data de 1998, a Aneel delega à Arsesp a responsabilidade de fiscalizar. No entanto, a Arsesp não tem que cumprido corretamente com suas obrigações.
Privatização tucana
A Eletropaulo, que já pertenceu ao governo paulista, foi privatizada entre 1998 e 1999, quando Geraldo Alckmin era coordenador das privatizações do governo Mário Covas (PSDB). Foi Alckmin quem conduziu a venda da Eletropaulo e permitiu que a americana AES, grande produtora de energia mas com pouca experiência em distribuição (só atuava como distribuidora em um único lugar), assumisse o controle da estatal paulista.
A Bancada dos deputados do PT já denunciou, em vários momentos, os cortes profundos nos investimentos no setor, o que torna a situação de infra-estrutura crítica e faz crescer o risco de colapso no setor elétrico no Estado.