Deputados estaduais paulistas, protocolaram representação no Ministério do Estado do Estado de São Paulo (MP-SP), em que pedem apuração de indícios de crimes ambientais cometidos por agentes e órgãos públicos pelo lançamento diário de esgotos sem tratamento no rio Tietê e afluentes. Os autores da ação foram João Paulo Rillo, Simão Pedro Chiovetti e Carlos Alberto Grana, todos do PT.
A ação foi provocada por duas reportagens sobre o tema. A primeira, do jornal O Estado de S.Paulo, mostra que 33 bairros e 16 cidades da região metropolitana da capital despeja toneladas de esgoto diretamente nos canais hídricos. E apesar de o governo estadual ter gasto R$ 3 bilhões em obras de limpeza do Tietê.
A outra matéria, do site Vi o Mundo, mostra que até mesmo o Palácio dos Bandeirantes tem a canalização de seu esgoto para dentro de um córrego do bairro do Morumbi, onde está localizado. A situação é agravada pelo fato de a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) cobrar pela coleta e pelo tratamento das chamadas águas servidas, serviços que as matérias evidenciam que não são cumpridos.
“A Sabesp é a grande poluidora dos rios e córregos e não a população”, diz o professor Júlio Cerqueira César Neto, que durante 30 anos foi professor de Hidráulica e Saneamento da Escola Politécnica/USP, citado pelo Vi o Mundo.
por Assembléia Permanente