O secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Fernando Grella Vieira, participa nesta terça-feira (28) de audiência pública na Câmara para prestar esclarecimentos sobre a atuação do PCC (Primeiro Comando da Capital) no estado e sua ramificação nas demais unidades da federação
Terça-feira, 28 de maio de 2013
Os deputados petistas Assis do Couto (PR), Cândido Vaccarezza (SP) e Nelson Pellegrino (BA), autores da proposta de audiência pública, na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, querem também explicações do secretário do governo Geraldo Alckmin (PSDB) sobre o crescente índice de criminalidade em São Paulo.
Nelson Pellegrino disse que foi um equívoco o governo de São Paulo não ter combatido o PCC logo no início da sua formação, na década de 1990. “Foi um erro. Eles deixaram essa organização criminosa, criada supostamente para defender os direitos de pessoas encarceradas, se fortalecer, e hoje os maiores criminosos do Brasil comandam o crime dentro e fora dos presídios”, criticou.
O parlamentar disse ainda que vai defender que o governo de São Paulo aceite a parceria com o governo federal no combate ao crime organizado no estado. “É outro equívoco do governo do PSDB não aceitar essa parceria que funcionou tão bem no Rio de Janeiro. Por isso, vamos insistir nessa ação conjunta pela segurança da população de São Paulo”, afirmou.
O deputado Assis do Couto fez coro às palavras de Pellegrino na defesa de um combate mais efetivo ao PCC. “Esse não é um problema só do estado de São Paulo. O PCC comanda o crime organizado e espalha o terror e a violência por todo o País. Os estados de Santa Catarina e do Paraná foram alvos recentes dessa organização criminosa”, citou.
Sobre o aumento da criminalidade em São Paulo, os deputados petistas citaram dados da própria Secretaria de Segurança do governo Alckmin. Pelas estatísticas, o número de homicídios dolosos – em que há intenção de matar – subiu 16,85% na capital paulista em janeiro de 2013, em comparação a janeiro de 2012. Ao todo, foram 416 casos de assassinatos contra 356 em janeiro do ano passado. O aumento do número de vítimas foi de 17,8% (de 386 para 455). Os latrocínios também subiram (61,9%), assim como os roubos (9,29%).