O problema de falta d’água em Itu, no interior paulista, levou centenas de moradores às ruas nesta segunda-feira (22/09), parlamentares solicitam a declaração de estado de calamidade pública. O racionamento de água na cidade dura há mais de 6 meses.
Comerciantes da região têm reclamado da diminuição do número de turistas. “O turista deixa de vir à cidade e acaba afetando o restaurante, sim. Movimento caiu uns 30%, mais ou menos”, afirma o gerente de restaurante Narciso Santos, 47 anos, em entrevista ao site R7.
Outra declaração que ressaltou o problema é da moradora e empresária, Sheila Rocha, ao telejornal da região, publicada no site G1. “O que está ocorrendo é revolta de quem não aguenta mais acordar de madrugada para lavar roupa, vasilha, e as crianças, elas estão ficando doentes, porque não tem água, nem nas escolas. Não tem humor mais, todo mundo vai trabalhar com raiva, sem tomar banho, não tem água pra beber”, afirma ela.
O abastecimento é de competência da gestão Alckmin, a empresa contratada para fazer o fornecimento de água na cidade é a “Águas de Itu”, que declarou em seu site o problema nas Estações de Tratamento do Itaim (7) e Rancho Grande (1).
Na cidade de São Paulo a questão de abastecimento de água também tem se agravado. A empresa responsável pelo abastecimento, a Sabesp, não tem assumido o racionamento, mas a reclamação de falta d’água nos bairros têm sido frequente. A chamada redução da pressão na distribuição de água não tem evitado que o sistema Cantareira atingisse o nível mais baixo de sua história, chegando em 8%.
Em entrevista a Agência PT de Notícias, o presidente do Comitê da Bacia do Alto Tietê, Chico Brito, diz que falta transparência do governo estadual sobre a real situação da crise hídrica. “Manifestação correta do estado não vai ter. Por uma questão eleitoral, o Alckmin vai sustentar o argumento de que vai resolver tudo. Na prática, ainda não existe estrutura para resolver o problema de falta de água em São Paulo”, avaliou ele.