A CPI da Sabesp na Câmara Municipal de São Paulo ouviu nesta quarta feira (26-11) especialistas que ressaltaram a situação de alerta nos sistemas que abastecem a cidade de São Paulo.

Segundo a ambientalista coordenadora do Programa de Mananciais do Instituto Sócio Ambiental, Marússia Whately, mesmo que chova dentro da média ou acima dela existe o risco da água acabar em 58 dias. A especialista entregou nesta quarta um documento, que de acordo com ela, tem o seguinte teor: “a população e os setores econômicos não estão preparados para um eventual colapso no abastecimento e o plano de contingência é urgente”. Este documento foi apresentado ao Conselho da Cidade e há previsão de ser entregue ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos.

Outro especialista ouvido, o engenheiro sanitarista e integrante do Comitê de Bacias do Alto Tietê, que trabalhou na Sabesp durante 34 anos, José Roberto Kachel dos Santos também apresentou um cenário alarmante e ressaltou que só um diluvio irá recuperar o nível necessário para abastecimento seguro da população.

De acordo com o presidente da CPI, o vereador Laércio Benko (PHS) a questão da água ficou a Deus dará e foi sempre utilizada pela Sabesp como objeto de lucro, situação que levou ao caos que vivemos, dependendo somente da chuva. Ele também destacou que há 3 anos os reservatórios estavam o cheios e que há necessidade de haver a conscientização sobre o uso da água. “Para o uso humano e agricultura nós não podemos abrir mão da água, para indústria nós até podemos ter meios mais eficazes de diminuir o consumo”, afirma ele.

Segundo o vereador Nabil Bonduki (PT), membro da CPI, a Comissão Parlamentar de Inquérito está num momento em que a situação crítica está evidente, agora é  preciso propor ações urgentes de governo.

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Fonte: Matéria elaborada com Informações da Câmara Municipal de SP

Crédito Foto: Luiz França/CMSP