CPI da Máfia da Merenda deve ouvir ex-integrantes do primeiro escalão de Alckmin

 

Ex-chefe de gabinete da Secretaria de Educação e ex-chefe de gabinete da Casa Civil devem depor nesta quarta-feira 

Os agentes políticos do governo Alckmin deverão começar a ser ouvidos na CPI da Máfia da Merenda. Marcada para esta quarta-feira (05), a 12ª reunião da comissão deve ouvir Fernando Padula e Luiz Roberto dos Santos, respectivamente, ex-chefe de gabinete da Secretaria estadual de Educação e ex-chefe de gabinete da Casa Civil do Governo Alckmin.

Além deles, a oitiva deve ouvir Dione Di Pietro, funcionária do departamento de licitações da Secretaria Estadual de Educação.

Pego em grampos telefônicos operando para a máfia da merenda dentro do Palácio dos Bandeirantes, Luiz Roberto dos Santos, o Moita, já admitiu à Corregedoria-geral da Administração (CGA) que agiu para beneficiar a Coaf em contratos com o governo. Ele disse, em depoimento, que tratou do assunto com o ex-chefe de gabinete da Educação Fernando Padula.

Moita foi exonerado do governo um dia antes da Operação Alba Branca ser deflagrada, o que gerou muita suspeita sobre o vazamento da investigação.

Tratado como “nosso homem” pela quadrilha que desviou recursos da merenda escolar, Padula entrou em 1999 na Secretaria do Estado de Educação. Lá, entre 2007 e 2015, foi chefe de gabinete e chegou ocupar o posto de secretário-adjunto interinamente. Depois de ser citado no escândalo e de tentar iniciar uma “guerra” contra os estudantes que protestavam contra a reorganização do ensino, Padula foi promovido por Alckmin à coordenação do Arquivo Público de São Paulo.

A reunião da CPI está marcada para às 9h e acontece no Plenário Dom Pedro I da Alesp.

 
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