CPI da Eletropaulo: falta de energia por queda de árvore lidera queixa-

As arvores que caem e derrubam os cabos de energia deveriam ser podadas periodicamente para evitar cortes de energia elétrica nos bairros. Prefeitura de São Paulo e Eletropaulo, apesar de terem um convênio para que esse serviço seja feito, não tem dado conta de atender à demanda da população.
Na quinta-feira (27) a CPI da Eletropaulo ouviu Marcelo Bruni, assessor técnico de obras e serviços da Secretaria Municipal das Subprefeituras. Ele veio falar sobre os serviços de poda das árvores. Segundo a CPI apurou, as árvores que caem sobre a fiação nos dias de chuva e ventania tem sido a principal razão para reclamações de queda de energia.

Em dezembro de 2010 a Prefeitura firmou um convênio com a Eletropaulo para realização de podas de árvores na cidade, por um período de 2 anos, nas árvores que tocam a rede elétrica.
Segundo a Eletropaulo, em 2010 foram feitas 340.000 podas. Mas o assessor técnico da Secretaria das Subprefeituras afirmou que esse número não é correto apesar de não ter um número preciso. A fiscalização do contrato é feita pela Prefeitura quando dá uma autoriza para a poda. É possível saber quantas autorizações foram emitidas, no entanto, não é possível saber quantas podas foram realizadas efetivamente.
Segundo Bruni, na cidade de São Paulo existem 1.300.000 árvores entre públicas, que ficam nas ruas, e privadas, que estão dentro dos quintais das residências. Só nas vias públicas são 980.000 árvores.
Sobre o serviço de poda, o assessor informou que até outubro de 2011 foram feitas 48.730 vistorias em árvores a partir de pedidos de munícipes, ele prevê que o número de solicitações chegará a 60.000 pedidos até o final do ano. A Prefeitura registra 5.000 pedidos de poda de árvores por mês.
Dos pedidos vistoriados, foram feitas 48.000 podas e a Prefeitura pretende fazer 63.000 podas até o final deste ano.
Em média, a Prefeitura demora 6 meses para atender a um pedido de poda.
Antes de podar uma árvore, ela precisa passar pela avaliação de um engenheiro agrônomo. Segundo Bruni, a Prefeitura tem 75 engenheiros agrônomos distribuídos nas 31 subprefeituras, 15 na Secretaria das Subprefeituras e 50 na Secretaria do Verde e Meio Ambiente.
Existem na cidade 74 equipes para podas, cada uma deveria ter um engenheiro. Isso dá uma média de 2 equipes por Subprefeitura. Para manter cada equipe a Prefeitura gasta cerca de R$ 70 mil, o que dá R$ 60 milhões por ano.
A demanda atrasada mostra que o número é insuficiente de engenheiros e de equipes é insuficiente, no entanto, Bruni considera que é uma questão de método, que é preciso melhor o modelo de atuação das equipes.
O vereador Donato, presidente da CPI, fez um comparativo. Existe um comitê que se reúne quinzenalmente para discutir o acordo da dívida entre a Eletropaulo e a Prefeitura, deveria haver um comitê para falar sobre as podas de árvores, com funcionários da Prefeitura e da Eletropaulo. “Já que a principal reclamação e demanda da cidade é a poda de árvore, mereceria um mecanismo de conversa permanente entre a Prefeitura e a Eletropaulo”.
O vereador apresentou requerimento convocando o funcionário da Eletropaulo responsável pelo serviço de poda de árvore de acordo com o convênio.

(Do gabinete do vereador Donato)

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