Além de exaustiva, a narrativa negacionista de Jair Bolsonaro contra as vacinas para a Covid-19 e o uso de máscaras volta a representar perigo para a saúde dos brasileiros, especialmente diante da perspectiva de uma nova onda de contágios pela variante Ômicron. Enquanto o mundo se prepara para lidar com uma nova e ainda incerta fase da pandemia, neste domingo (5), Bolsonaro voltou a atacar vacinas, a exigência de passaporte vacinal e medidas não farmacológicas contra doença.
“Hoje querem impor algo que alguns não querem”, afirmou. “Por exemplo: eu não tomei vacina. Alguém vai me demitir por causa disso? Ah, eu sou um péssimo exemplo. Olha, isso chama-se liberdade”, insistiu o extremista de direita, apostando na mentira de que pessoas infectadas passam a ficar imunes ao vírus.
Além disso, o ocupante do Planalto questionou a imunização de jovens e crianças e assegurou que irá vetar medidas para exigir passaporte vacinal no país, em mais um ataque à ciência. “Não há a menor dúvida que eu veto. Quer melhor vacina, comprovada cientificamente, do que a própria contaminação? Quem foi contaminado é dezenas de vezes mais imune do que quem tomou a vacina apenas”, especulou.
“Por mim, a vacina é opcional. Eu poderia, como eu posso hoje em dia, partir para uma vacinação obrigatória, mas jamais faria isso porque, apesar de vocês não acreditarem, eu defendo a verdade e a democracia”, emendou. “Agora, não pode dar para prefeitos e governadores essa liberdade. Sei que a maioria não está adotando isso, mas tem alguns que já estão ameaçando, ameaçando demissão”.