Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (26), professores da rede pública estadual de SP decidiram dar início à greve. A categoria fará uma paralisação toda terça e nos dias em que a Proposta de Emenda Constitucional 18/2019 e o Projeto de Lei Complementar 80/2019 — que tratam da reforma da Previdência estadual – estiverem na pauta da Assembleia Legislativa.
O objetivo é pressionar os deputados até que a PEC e o PLC sejam retirados. A proposta do governador João Doria eleva a alíquota de contribuição dos servidores estaduais de 11% para 14% e amplia o tempo de trabalho para a aposentadoria.
A presidenta da Apeoesp e deputada estadual, Professora Bebel, afirma que a decisão é uma resposta da categoria também à proposta de “nova carreira” do magistério, anunciada por Doria há duas semanas. “Infelizmente, pelo que foi anunciado, os professores que optarem por essa farsa da ‘nova carreira’ passarão a receber subsídios e não salários. Terão que abrir mão de todos os direitos conquistados ao longo de décadas de trabalho. Nossa carreira atual pode ter falhas, mas ela garante direitos que o governo quer nos tirar”, explica Bebel, que ainda alerta que o subsídio prometido dependerá do resultado do professor em uma prova que será aplicada pelo governo.
Na próxima terça (3), os professores voltam a se encontrar na Assembleia Legislativa para mais um ato contra a reforma da Previdência. “Não vamos aceitar essa reforma que vai nos fazer trabalhar mais, pagar mais e ganhar menos, imposta a toque de caixa por um governo que elegeu o funcionalismo como seu principal inimigo”, conclui Bebel.
Por Assessoria de Comunicação
Imagem de destaque: smetal.org/reprodução